III. FRANCISCO, O MENINO DO SILÊNCIO

“Contámos ao Francisco, tudo quanto Nossa Senhora tinha dito. E ele, manifestando

o contentamento que sentia, na promessa de ir para o Céu, cruzando as mãos sobre

o peito, dizia: – Ó minha Nossa Senhora, terços, rezo todos quantos Vós quiserdes. E,

desde aí, tomou o costume de se afastar de nós, como que passeando; e se chamava

por ele e lhe perguntava que andava a fazer, levantava o braço e mostrava-me o terço.

Se lhe dizia que viesse brincar, que depois rezava connosco, respondia: – Depois

também rezo. Não te lembras que Nossa Senhora disse que tinha de rezar muitos terços?”

(Quarta Memória da Irmã Lúcia)

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Tomou o costume de se afastar de nós, diz a Lúcia.

Este é um dom que o Francisco oferece à Igreja: a coragem de permanecer em silêncio,
na solidão de um tempo feito oração.

No mundo marcado por um ritmo acelerado, pela busca de ruído e barulho, o Francisco
mostra-nos um pedaço de Céu no seu desejo de solidão orante.

E é com coragem que o Francisco, hoje, continua a levantar o braço e a mostrar-nos o terço.

O Terço era a sua oração preferida.

Contemplando os mistérios do rosário, ainda que não o soubesse, o Francisco foi permitindo
ao Espírito Santo atuar e fazer dele como que uma “humanidade de acréscimo a Jesus, onde
Cristo renovava todo o seu mistério” (St. Isabel da Trindade).

Agradecemos a Deus o mistério que o Espírito Santo fez no seu pequeno Francisco.

Ir. Ângela Coelho, asm

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