IV. JACINTA, A MENINA FERIDA NA DIREÇÃO DO CORAÇÃO

“Chegou também o dia de ir para o hospital onde, na verdade, teve muito que sofrer. Quando 
a mãe a foi visitar, perguntou-lhe se queria alguma coisa. Disse-lhe que queria ver-me. […]
Encontrei-a com a mesma alegria por sofrer por amor de nosso bom Deus, do Imaculado 
Coração de Maria, pelos pecadores e pelo Santo Padre; era o seu ideal, era no que falava. 
Voltou ainda algum tempo para casa dos pais, com uma grande ferida aberta no peito, cujos
curativos diários sofria sem uma queixa, sem mostrar o menor sinal de enfado.”

IV de IV

Jacinta sofreu muito, sabemo-lo. Mas Lúcia diz-nos algo muito especial sobre a forma como
Jacinta sofreu:

Encontrei-a com a mesma alegria por sofrer por amor de nosso bom Deus, do Imaculado Coração 
de Maria, pelos pecadores e pelo Santo Padre; Jacinta tem um sentido para toda aquela dor e
sofrimento… e este sentido dá-lhe ALEGRIA. Não é o sofrimento que lhe dá alegria é a intenção
que coloca nestes momentos: POR AMOR…

A Jacinta viveu desta alegria toda a vida.
Ficou feliz aquando da visita de Nossa Senhora e continua feliz no hospital…

Do início ao fim temos uma menina feliz, alegre…no início era uma alegria expansiva, fruto de
um amor que não lhe cabia no peito, podermos dizer fruto de uma transfiguração, agora é a
alegria que surge porque “Há mais alegria em dar do que em receber” e a Jacinta está a dar-se,
a oferecer-se… por isso está muito feliz! Este é o grande sinal da maturidade espiritual da Jacinta:
não é tanto a alegria do início, que lhe acendeu o fogo no coração, mas a alegria com a “ferida
aberta na direção do coração”.

A alegria da perfeita configuração com Jesus, o seu amigo Crucificado, que desde a mais tenra
infância gostava de abraçar e que agora, como ela desejava fazer como ele, permitiu que até a sua
morte fosse parecida com a dele.

Que Santa Jacinta interceda por nós para que o Senhor nos conceda a graça de aprendermos a
alegria de vivermos para os outros, para nos oferecermos pelos demais.

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