VI. FRANCISCO, CONTEMPLATIVO DA CRIAÇÃO

“Depois, lá ia connosco, para a velha eira, a brincar, enquanto esperávamos

que Nossa Senhora e os Anjos acendessem as Suas candeias [a lua e as estrelas].

Animava-se também a contá-las, mas nada o encantava tanto como o lindo nascer

e pôr-do-sol. – Nenhuma candeia é tão bonita como a de Nosso Senhor – dizia ele à

Jacinta que gostava mais da (lua), a candeia de Nossa Senhora, porque, dizia ela,

não faz doer a vista.

E entusiasmado seguia com a vista todos os raios que, dardejando nos vidros das

casas das aldeias vizinhas ou nas gotas de água espalhadas nas árvores e matos

da serra”.

(Quarta Memória da Irmã Lúcia)

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Encanta-nos ver o Francisco que com serenidade e deslumbramento contempla
a beleza da criação.

Com um coração sensível, a amar toda a criação, aprende a ver Deus misteriosamente
presente em todas as suas criaturas. “Quando a caridade de Cristo transfigura a vida dos
santos – espírito, alma e corpo –, estes rendem louvor a Deus e, com a oração, a contemplação
e a arte, envolvem nisto também as criaturas”. 
(Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma, 2019)

Que o exemplo de Francisco Marto nos estimule a ter gestos de respeito pela nossa terra, a nossa
“Casa Comum”, sabendo que “Se o homem vive como filho de Deus, e se deixa guiar pelo Espírito
Santo (cf. Rm 8, 14), beneficia também a criação, cooperando para a sua redenção.”
(Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma, 2019). 

Ir. Ângela Coelho, asm

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