VINTE E CINCO ANOS DEPOIS! Que tenho a dizer?

Aliada Cidália Machado

30 de maio de 2021

Rezar estes 25 anos de fidelidade, leva-me a olhar para trás com uma profunda gratidão pela fidelidade de Deus, fazendo memória agradecida pela sua ação em mim.
Rezar o chamamento e o meu sim, é perceber que é o Senhor que tem sempre a iniciativa, que vem ao nosso encontro e nos desinstala.
Escutávamos esta passagem do livro de Isaías no Domingo do Batismo de Jesus no início do ano: «Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas». 
Lançar o olhar para trás neste ano jubilar, é fazer memória agradecida de tantas horas em que se torna tão claro este: “chamei-te, tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança.

Chamei-te.

Sim, foi o Senhor que, há vinte e cinco anos, lançou sobre mim este olhar de ternura e me concedeu a graça de colocar de parte os meus projetos de vida, já idealizados, para entrar nesta aventura na fé, que é todo o caminho da Aliança.   

Tomei-te pela mão.

Claramente, este “tomei-te pela mão”, tem um sentido muito profundo, que me faz recordar uma troca de alianças. Se na hora do chamamento, já havia um compromisso assumido e uma aliança no dedo, hoje, passados vinte e cinco anos, rezo esta outra aliança, que tenho no dedo, e que me faz estar vigilante sob as palavras ouvidas no dia dos votos: «Recebe esta aliança, tu que és esposa do Rei eterno; mantém íntegra a fidelidade ao teu Esposo, para que mereças ser admitida nas núpcias eternas.» 

Formei-te.

Nas inúmeras horas em que os joelhos se dobram diante do meu Senhor no Sacrário, para que Ele instrua todo o meu ser. Porém, a sua presença e ação, se aviva na memória agradecida pela confiança com que as irmãs me olham, pelos gestos de amizade verdadeira, que educam e ajudam a crescer.

Fiz de ti a aliança.

graça maior que o Senhor me concede é a de tomar consciência de ser parte deste corpo que é a Aliança de Santa Maria. Sim, é sentir que a vida se torna extraordinariamente bela e que se chega à dignidade real, não por mérito ou dom pessoal, mas, pelo esplendor com que Ele me adorna (cf. Ezequiel 16, 14).   

Se tudo começou num 13 de maio, há 25 anos, sob o olhar da Senhora mais brilhante que o Sol, a 13 de maio de 2021, com que emoção acolhi as palavras de D. António Marto, no final da Eucaristia no Santuário: “vós sois a coroa mais bela e preciosa de Nossa Senhora e as joias dessa coroa são as vossas vidas e as vossas histórias de amor, de generosidade, de interajuda, de solidariedade, como também as vossas fragilidades, feridas, preocupações e sofrimentos”.

Agradeço Hoje as Maravilhas que o Senhor continua a fazer na minha história: pela minha família onde aprendi a crescer no amor a Jesus com as contas do rosário na mão; pelo olhar maternal e confiante de cada uma das minhas Irmãs da ASM e pelos amigos que me sustentam e me fazem perceber o rosto vivo de Jesus Ressuscitado presente em todas as horas e me ajudam a crescer no amor como “filha muito amada”. 

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