entrar no coração do Mistério Pascal
Toda a Jerusalém O aclama, Ele é o rei esperado. Mas o que esperavam? Talvez nas suas expectativas não coubesse a ideia de um Rei incondicionalmente bom, que não se impõe nem se faz valer pela força.
Aquele que bendiziam e aclamavam é o mesmo que, dias depois, iriam condenar à morte. É grande o contraste entre a incoerência do povo e a fidelidade e constância de Jesus.
Ele é o cordeiro, manso e humilde, que no silêncio se abaixa ao pó de que somos feitos e, nesse abaixamento, nos resgata para a Vida nova.
“O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo” (Is 50,5). Que nesta Semana Santa, o Senhor nos abra os ouvidos e não resistamos a reconhecê-lo como verdadeiro Rei, estendendo aos seus pés as nossas capas – as nossas falsas seguranças e ideias de Deus -, para O seguirmos na subida à sua Páscoa, sem aceitar alternativas.
Margarida Santos e Verónica Benedito, asm
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28 de março de 2021