Este domingo leva-nos ao deserto, ao lugar privilegiado do encontro com Deus, na certeza de que Ele não nos abandona. Deus tem a iniciativa, mas não rompe com a nossa liberdade. Espera pacientemente pelos nossos passos e dá-nos o tempo necessário para que se cumpra, em nós, a salvação. Esta espera é um gritar de Deus, “um modo de nos amar dentro do tempo” (Daniel Faria).
No entanto, Deus não pede para esperarmos passivamente. Como nos diz o Papa Francisco, “não devemos viver de esperas, mas devemos viver na espera, e esperar sempre ativos no amor” (2018).
São Francisco e Santa Jacinta de Fátima, ainda que soubessem que iam para o céu em breve, viviam a sua doença como uma espera amorosa e vigilante, não negando o sofrimento, mas oferecendo-o a Deus. Eram duas candeias acesas que se preparavam para a vinda do Senhor.
Deixemos ecoar o grito de Deus em nós, para que sejamos verdadeiramente transformados pela Sua vinda.
Ana Abreu e Marta Serra, asm
Foto: Erica Cotq