“Como é bom estarmos aqui!”
É esta a exclamação de Pedro ao encontro transfigurante com o Senhor, que ouvimos no Evangelho do II Domingo da Quaresma. Jesus retira-se com eles, num distanciamento que propicia estar a sós com Ele.
O tempo da Quaresma é precisamente um tempo “para receber a Deus na nossa vida” (cf. Mensagem para a Quaresma 2021, Papa Francisco). Este encontro traz sempre luz, um modo novo de olhar o tempo. Esta Quaresma, nas circunstâncias retiradas e confinadas em que nos encontramos, continua a ser o tempo favorável para o encontro com Jesus, para escutar o Filho muito amado do Pai e permitir que a Sua Voz transfigure a nossa vida. Mesmo quando parece que Deus nos coloca à prova, respondamos com a audácia de Abraão “Aqui estou!” (Gn 22,1), mesmo que estejamos fechados há meses em nossas casas, mesmo que já não vejamos a nossa família e amigos há muito tempo, Deus está por nós (Rm 8,31). Quando O encontramos, a sua luz transfiguradora abre-nos a um novo horizonte e descobrimos que tudo é Graça.
Neste tempo que vivemos, seja qual for o lugar ou tempo onde nos encontramos, Ele está connosco, e por isso repetimos: Senhor, “como é bom estarmos aqui!”.
Ana Felício e Verónica Sousa, asm
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28 de fevereiro de 2021