MÃE DE DEUS, MÃE DA HUMANIDADE

“… um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado.” (Is 9,5)

Viver a alegria do Natal é deixar-se inundar pela luz imensa que do presépio nos vem! Como poderemos não nos deixar tocar e comover perante a Virgem Maria, que recebe nos seus braços o Salvador feito Menino? Menino que nasce para nós, um Filho para nos ser dado!

Na companhia de Maria Santíssima, e como Ela, passámos o tempo do Advento à espera deste dom. A Mãe sabe, como ninguém, preparar o caminho para que Jesus possa nascer em cada um de nós. S. João Paulo II, chamou-Lhe a verdadeira “estrela da manhã”, pois, Maria, desde a sua Conceição Imaculada, precedeu a vinda do Salvador, o nascer do “sol da justiça” na história do género humano.

Maria foi preparada, foi concebida Imaculada para gerar no seu seio o Filho de Deus.

Quando contemplamos a Mãe com o seu Filho nos braços, estamos perante o ícone do infinito amor de Deus e da resposta fiel da Senhora a esse amor. Isto é, Ela foi eleita por Deus, preparada para este papel singular na História da Salvação, porém, também Ela elegeu o Senhor como O único a Quem servir e amar  de todo o Coração.

Tudo isto, nos fala de nós: Deus também nos preparou, e prepara, para receber o seu Filho, também fomos eleitos no batismo, e, porque ainda lutamos para Lhe responder fielmente, também temos uma Mãe, a Mãe de Jesus, com a certeza de que podemos contar sempre o seu precioso auxílio.

Neste Natal, com o nosso “coração de joelhos”, quer perante o presépio, quer perante a Eucaristia, onde o Filho de Deus nasce para nós, saberemos que fomos chamados a realizar plenamente a nossa humanidade, o melhor da nossa condição humana, porque Jesus Se tornou verdadeiramente um de nós, Homem verdadeiro, para nos ensinar a ser verdadeiramente homens e mulheres “à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,27).  Ser como Jesus e sua Mãe, ser santos, é estar em comunhão com Deus, é pertencer-Lhe, é deixar que a sua graça nos capacite para sermos fiéis ao seu amor gratuito, em todas as dimensões da nossa vida. Assim, o Espírito Santo fecundará a nossa existência e, como em Maria, Jesus poderá crescer em nós e iluminar o caminho daqueles que, talvez, só através da nossa vida O podem conhecer!

Ir. Natália Rocha, asm

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