Sobre o Manto da Senhora da Oliveira
“Apareceu no céu um sinal grandioso: uma Mulher revestida com o Sol e a Lua debaixo dos pés; na cabeça uma coroa de doze estrelas.” Ap. 12, 1
Este versículo oferece-nos uma leitura escatológica de salvação e aponta-nos, com desmedido brilho, a promessa da fidelidade de Deus, em todos os momentos da vida, para com quantos Lhe são fiéis.
A Senhora elevada ao céu, na Sua Assunção, aponta-nos o caminho da santidade.
A Mulher do Apocalipse é mesma da qual os Pastorinhos nos dizem ser mais brilhante do que o sol que, preocupada com os nossos dramas, vem ensinar-nos como viver.
É Aquela que, aceitando ser Mãe de Deus, recebe no Seu Regaço e sob o Seu MANTO a Humanidade inteira, pela qual intercede, como em Caná.
Da Sua beleza incomparável falam todos quantos tiveram a graça de A ver: Bernardete de Lourdes deixou-nos o testemunho de que não se importava de morrer só para ter a graça de A ver de novo; Lúcia, Francisco e Jacinta, unânimes, quando questionados, não se cansam de repetir: “Ai que Senhora tão linda”.
Não admira, pois, que todos quantos A amam, ao longo dos séculos, como nos nossos dias, se desvelem em manifestações de gratidão e carinho para com tão solícita Mãe.
Na imagem vemos o Manto precioso, bordado a ouro sobre tecido de lhama de prata dourada enriquecido com bordado a seda e renda metálica dourada, verdadeira obra de arte, oferta do rei D. João V que, curado de seus males por intercessão da Senhora da Oliveira, lhe ofereceu como prova de imenso amor e gratidão.
Mãos anónimas que nos falam da Fé deste povo, nos dizem que no coração nascem grandes desejos, que a Fé nos faz ultrapassar as dificuldades, que o Amor à Mãe de Deus continua vivo na alma dos crentes.
Nunca poderemos calar a gratidão para com tão atenciosa Mãe. Ela, a Senhora, da Oliveira ou de outra qualquer invocação, é Mãe zelosa que ouve os Seus filhos.
A Senhora nos envolva no Seu Manto, interceda por nós, e nos cure.
E, vestida de ouro, de sol, de branco ou de qualquer cor, a oração seja o manto, que A cubra do nosso amor.
15.08.2021
[Fotografias: do Livro “A Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira: história e património”]