Que fazia aquele grupo de 26 jovens nas ruas de Lisboa num feriado?
Começaram junto à igreja de Santo António. A dois metros uns dos outros, sorrindo,
procuravam a outra metade do selo que tinham recebido.
Já sabiam que o dia se ia passar assim: a dois metros, lembrando o menino-pastor:
Francisco Marto, que a cerca de dois metros da Senhora mais brilhante que o sol
se tinha deixado transfigurar pela encantadora luz de Deus.
No centenário da morte de Francisco Marto, recebemos dele uma carta. Descrevê-la
é deparar-se com a dificuldade que é colocar por palavras o que, na verdade,
não é possível traduzir. Nela, Francisco contava-nos na primeira pessoa a
história da sua vida.
Enquanto rezávamos, vimos o rosto do Francisco ganhar forma ao som da flauta e guitarra, enquanto Gonçalo Anda o desenhava a grafite. Compreendemos a
esperança a que somos chamados, na Teotalk, com o P. Tiago Esteves,
sacerdote do Patriarcado de Lisboa.
De igreja em igreja, entre linhas de risos e silêncio, adoração e convívio, teceu-se
o dia 1 de maio, a dois metros do Francisco. No final do dia, que culminou com a
Eucaristia na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Avenida de Berna, o relógio
não enganou: 9 kms percorridos. “Tanto?! Passou tão depressa…”
Ficou a certeza de que o Francisco cumprirá a promessa que nos fez:
“E se quiseres que eu continue a ser teu companheiro nesta tua caminhada de vida,
conta comigo! Estarei sempre por perto.”
Verónica Sousa, asm
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