“Se tu fosses comigo” – foi esta frase, de Santa Jacinta Marto, que iluminou e acompanhou a Peregrinação IGNIS deste ano.
Assim, partindo de Leiria, foram 22 jovens que peregrinaram até à terra que é sempre para nós sinal da presença e amor de Deus – Fátima, respodendo ao convite da pequena pastorinha.
A eles juntaram-se as irmãs da equipa da Pastoral IGNIS e o P. Eduardo Caseiro, sacerdote da Diocese da Jacinta Marto.
Muito seria o que podiamos dizer, nesse muito, partilhamos o tanto de dois corações peregrinos: Daniel Flash (Diocese de Leiria-Fátima) e Helena Pinheiro (Diocese de Santarém).
A peregrinação IGNIS deste ano foi a primeira que fiz, e que boa experiência que foi.
Foi um dia em cheio! Houve tempo para rezar, para cantar, para partilhar as nossas experiências, para rir e para o silêncio.
Estes momentos de silêncio e reflexão ajudaram-me a perceber o que verdadeiramente importa numa amizade e de que forma quero continuar a construir as que tenho.
É preciso naturalidade, partilha e mais compreensão.
Ser mais como a amizade entre os Pastorinhos, tão simples e bela.
Foi um dia intenso a muitos níveis, mas a sensação de plenitude no final superou todo o cansaço físico que havia.
Aceitámos o convite da Jacinta, andámos em direção à meta que é Cristo e não poderíamos ter tido melhor prémio.
«IGNIS, é o fogo que temos cá dentro», cantámos nós ao longo da peregrinação.
De facto, «IGNIS, este fogo é o nosso alento!» porque sem ele a peregrinação era vazia, seria uma qualquer outra caminhada, não teria sentido.
Não sei quem irá ler este texto, mas digo-te com confiança: Este «fogo» é real!! Ah se eu pudesse mostrar ao mundo o que eu sinto!
Quando me convidaram para a peregrinação até Fátima, pensei:
“vou para fazer a vontade, vou para fazer a companhia a uma amiga minha que não queria ir sozinha”. No fundo, fui fazer o “frete”.
Fui fazer a vontade, pensando que seria uma peregrinação igual a tantas outras… mas é tão interessante ver como até Deus, na insignificância que damos às coisas, retira daí grandes frutos! E… não é que o tema era sobre a amizade!
Eu que fui por amizade, chego lá e ouço da Jacinta à Lúcia, a cada um de nós: «Se tu viesses comigo»!
Os pastorinhos viviam uma amizade sincera e verdadeira! Foi lindo celebrar a amizade em modo de peregrinação.
Ó como é bom na terra caminhar ao lado de tantos amigos. Ó como é bom na terra já ter um Amigo no Céu! Já não vos chamo de servos, mas de amigos. De novo, não sei quem vai dar importância a este texto, mas já pensaste bem como o Deus Altíssimo, Perfeito, Intocável e Infinitamente Santo se digna de nos chamar de Amigos? Não é belo como Ele me ama? Já pensaste quão grande é o Amor de Deus por ti, ao ponto de te chamar de Amigo? Vem conhece-Lo, vais «adorá-Lo»! 🙂
A amizade é como uma jóia linda e preciosa. Cuidamos das nossas jóias (irmãos) e cuidamos delas, tratando-as no Ourives (Deus)?
A ti, que me lês: Não te consigo explicar por palavras a beleza desta caminhada! Vou-te fazer o convite para a próxima oportunidade: «Vinde e vede!»
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