Chegamos ao quarto e último Domingo (e “semana”) do Advento, que este ano coincide com a véspera de Natal.
Diz-nos Antoine de Saint-Exupéry: «Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três horas começarei a ficar feliz. Quanto mais a hora se aproximar, mais me sentirei feliz. Às quatro horas então estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade» (“O Principezinho”). Assim está o nosso coração, já tão “às portas” do Natal que já só se ocupa desse momento.
Também o coração da jovem de Nazaré, de nome Maria, desejava de tal forma que viesse o Messias prometido, que o Senhor encontrou espaço no Seu coração para a encher da Sua Alegria, da Sua Graça: «Salve, cheia de graça» (Lc 1,28). É diante de um coração todo disponível que, Maria, responde com confiança ao desejo de Deus – ser a Mãe do nosso Salvador.
O mesmo deseja o Senhor de nós, hoje: encontrar espaço no nosso coração para que Ele possa vir e encher-nos da Sua alegria e da Sua graça.
Ainda que estejas no meio das correrias e preocupações dos últimos preparativos para o Natal, não te esqueças de parar ao longo do dia para lembrares ao teu coração que é o Senhor que vem!
É Ele a razão da festa, é Ele que quer vir, uma e outra vez, preencher-te, com toda a Sua Alegria, com toda a Sua graça!
Conta-nos a Irmã Lúcia que o Francisco ao saber que em Outubro também viria Nosso Senhor exultou de alegria e, de vez em quando, perguntava: «Ainda faltarão muitos dias para o dia 13? Estou ansioso que venha, para ver outra vez a Nosso Senhor» (MIL 147-148).
Seja este o refrão deste dia: «Ainda falta muito? Estou ansioso(a) que venha(s)». «Vem, Senhor Jesus, Vem!» (Ap 22,20)
Bárbara Baptista, asm
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Aguarela: Ângela Oliveira, asm
