Que tempo bonito este da Quaresma, para reaprendermos que aquilo que é realmente importante está escondido, ninguém vê… como o coração que bombeia o sangue dentro da nossa caixa torácica, como uma pequena hóstia consagrada dentro de um sacrário, como a oração de quem entra no quarto e fecha a porta para ser visto só pelo Pai que vê o que está no oculto.
São coisas escondidas, que parecem não ter nenhuma importância, mas são decisivas, são a força que renova o mundo[1]. As coisas mais valiosas que podemos fazer, como a oração, a penitência, o esforço de conversão, fazemo-las por amor, no escondimento, e não para que os outros nos deem atenção, nos agradeçam ou elogiem. Como os pastorinhos, que gostavam de se esconder, para que ninguém soubesse os sacrifícios que faziam.
Em pleno Ano da Oração[2], respondamos com alegria ao pedido do Senhor: «Convertei-vos a Mim de todo o coração». Que o nosso coração regresse todo, totalmente, para Ele!
[1] Cf. Cardeal Ratzinger, citado em Aura Miguel, O segredo que conduz o Papa. A experiência de Fátima no Pontificado de João Paulo II, Princípia, São João do Estoril, 2000, 2.a ed., p. 143-144.
[2] https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-01/papa-francisco-angelus-inicio-ano-da-oracao-preparacao-jubileu.html
Ana Felício, asm