SOMOS IRMÃS… AO QUADRADO!
Irmãs ao quadrado, desde que estamos nesta mesma Congregação, envolvidas num mesmo seguimento, comprometidas com um mesmo carisma e uma...

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Esta é a resposta que damos à pergunta que nos é colocada vezes sem conta: “São irmãs?”“São irmãs?”
Não vimos outra forma de começar este testemunho a não ser assim. Quer dizer, pensando bem, outro modo seria citando o nosso livro favorito:

“Um pouco mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no.” (Mt 4, 21-22) Jesus viu outras duas irmãs: Bernardete e depois a Ângela. Chamou-as.

Hoje, escrevemos isto com um sorriso rasgado nos lábios e de uma forma bem descontraída. Mas podemos confessar que, há uns bons anos atrás, esta seria uma ideia um tanto ou quanto constrangedora.

Sim! Ser “freira” nem sempre esteve nos nossos projetos (tanto que quase conseguimos convencer Deus que Ele estava enganado). Nenhuma de nós tinha planeado viver em comunidade, muito menos assim: juntas, numa mesma comunidade.

Em Guimarães, partilhámos o mesmo teto durante treze anos.

Os pais, duas outras irmãs e nós. Juntos lembramos, com carinho, as idas meio-atribuladas à missa dominical (“eram muitas mulheres” – diria o nosso pai), as orações rezadas à noite em família (tantas vezes a lutar contra o sono e o cansaço que se fazia sentir ao fim do dia), as muitas brincadeiras e partilhas com os primos e os vizinhos que fizeram tão feliz a nossa infância.

Passaram anos, uns 19, desde o nascimento da Bernardete, até ao momento de elafazer a mala para ir a um retiro das irmãs da Aliança de Santa Maria. Sim, o retiro que viria a abrir um novo horizonte à sua vida. Nesta altura, a Ângela guardava na mochila os livros do 6º ano e ía feliz à catequese, mas para a Bernardete era diferente, tudo o que lhe falasse de Deus pouco ou nada a interessava.

Então como é que a Bernardete foi parar a um retiro?

Juntemos uma agenda que raramente tinha dias em branco, a um fim de semana sem nada marcado, a um convite precisamente para esse fim de semana, um arriscar e assim foi.

À Bernardete atraía o barulho das noites de festa com os amigos, o namorado, o trabalho, as motas. Assim, o silêncio daquele retiro impôs um outro “barulho” que desconhecia: o do falar de Deus… do querer de Deus.

Relembra um pedaço de papel que lhe veio parar às mãos naquele fim de semana, e que a inquietou muito: “que sentido tem a tua vida?”. Esta questão veio confrontar todas as falsas seguranças e o medo do compromisso que sentia.

Depois desse retiro foi essencial o acompanhamento com alguém mais experiente, que a pudesse ajudar a responder às questões que surgiam e a motivasse ao encontro com o Mestre: “Já perguntaste a Deus o que Ele quer de ti?”. Ao ouvir esta provocação a Bernardete riu-se por dentro: “O quê? Perguntar a Deus o que Ele quer de mim? Mas que pergunta é esta? Eu é que sei o que eu quero!”.

Sentiu que não perdia nada – mal ela sabia que viria a “perder tudo” – e ousou perguntar.

Alguns hábitos novos foram tendo espaço no seu dia a dia, voltou à oração do terço (desta vez sem dormitar em família) que passou a ser a sua companhia no regresso a casa, no final de cada dia de trabalho e passou a visitar o Santíssimo Sacramento, depois do café que tomava com os amigos.

Olhando para a história, ela sente-se pertencer àqueles de quem Deus diz: “Deixei-me encontrar pelos que não me procuravam, manifestei-me aos que não perguntavam por mim.” (Is 65, 1)

No contacto com as irmãs da ASM deparou-se com outra realidade que ela pensava impossível conjugar: “é possível ser freira e ser feliz”! Fascinou-a a naturalidade das irmãs, que conversavam sobre todos os assuntos, que transpareciam uma alegria imensa e, simultaneamente, uma seriedade de vida.

A fazer quase 21 anos disse ‘Sim’ àquilo que Deus queria para ela. É por esta altura que a Ângela começa a participar nos encontros da Congregação da sua mana! “Como estará ela?” “Como é que a minha irmã foi para freira!? A Bernardete!?”

Antes, no subconsciente da Ângela pairava uma imagem de certa forma preconceituosa do que é “ser religiosa”, de semblante carrancudo, distante e rigorosamente séria.

Da desconfiança e distância iniciais, os encontros que a Ângela foi fazendo com a pastoral juvenil da Congregação foram quebrando os preconceitos que tinha em relação à vida religiosa e foram, essencialmente, aprofundando a sua relação com o Senhor: passar da ideia do Deus-altíssimo para um Deus-baixíssimo, que se queria colocar frente-a-frente consigo. Dar sentido a tudo. Atraiu-a, como à sua irmã, a naturalidade e a proximidade das irmãs, a alegria que brotava da comunidade.

Aos poucos, a Ângela já organizava a sua vida em função da agenda da pastoral da ASM, já não queria faltar a nenhum encontro, sabia sempre a pouco, sentia-se tocada, em cada momento, pelo mesmo olhar do Mestre que lhe fazia “arder o coração”. A questão impunha-se: “O que é que Deus quer de mim?”

Recorda um poema de Fernando Pessoa que descreve muito bem o que a acompanhava naquela fase: “para ser grande, sê inteiro”. Qual era a sua medida? Seria feliz na medida em que fosse inteira! Era uma questão de inteireza.

Mais uma vez, o processo de discernimento foi marcado por um tempo forte de oração e por algo fundamental: o acompanhamento, o “pôr em comum”.

“Ser irmã!” O “porquê eu?”, serenamente, se tornava num “porque não eu?” Imaginava-se ali, naquela casa, com aquelas irmãs, entregue daquela forma. O chamamento foi amadurecendo e a resposta cada vez mais clara: “Sim, o meu lugar era ali: cabeça, mãos e coração livres para Deus e para a humanidade.”

Mas nem sempre foi tudo claro. Houve altos e baixos. Perceber a vontade de Deus não se conjuga – a maior parte das vezes – com facilidade de entendimento. Aquela certeza ia ficando ofuscada… E então lá vinha o liceu, as artes, as saídas com os amigos, os jogos do Vitória de Guimarães, lá aparecia, uma e outra vez, um jovem por quem o coração batia mais forte. Uma outra paixão muito grande: o teatro – ao qual deu muito espaço e tempo. Houve luta interior, uma vontade de “apagar o histórico”, apagar os caminhos já percorridos. Nesta fase uma circunstância foi marcante no seu processo de discernimento: a morte de um amigo, num acidente de viação. O Tiago. Sentiu um abanão que a fez pensar no quanto a vida é frágil e breve, que a despertou para a importância de descobrir o seu lugar e de não ‘defraudar’ Deus.

Assim… Chegada a casa, quando o silêncio enfim ganhava voz no quarto. Irresistível. O lugar e a marca que Deus ocupava nela era mais forte do que qualquer outra paixão. Ela sabia que já não sabia ser sem Ele e quis seguir o que sabia.


Irmãs ao quadrado, desde que estamos nesta mesma Congregação, envolvidas num mesmo seguimento, comprometidas com um mesmo carisma e uma comunidade, lembramos os santos Francisco e Jacinta que, sendo irmãos, chegaram a saborear juntos essa amizade com Deus e em Deus.


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Não vimos outra forma de começar este testemunho a não ser assim. Quer dizer, pensando bem, outro modo seria citando o nosso livro favorito:

“Um pouco mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no.” (Mt 4, 21-22) Jesus viu outras duas irmãs: Bernardete e depois a Ângela. Chamou-as.

Hoje, escrevemos isto com um sorriso rasgado nos lábios e de uma forma bem descontraída. Mas podemos confessar que, há uns bons anos atrás, esta seria uma ideia um tanto ou quanto constrangedora.

Sim! Ser “freira” nem sempre esteve nos nossos projetos (tanto que quase conseguimos convencer Deus que Ele estava enganado). Nenhuma de nós tinha planeado viver em comunidade, muito menos assim: juntas, numa mesma comunidade.

Em Guimarães, partilhámos o mesmo teto durante treze anos.

Os pais, duas outras irmãs e nós. Juntos lembramos, com carinho, as idas meio-atribuladas à missa dominical (“eram muitas mulheres” – diria o nosso pai), as orações rezadas à noite em família (tantas vezes a lutar contra o sono e o cansaço que se fazia sentir ao fim do dia), as muitas brincadeiras e partilhas com os primos e os vizinhos que fizeram tão feliz a nossa infância.

Passaram anos, uns 19, desde o nascimento da Bernardete, até ao momento de elafazer a mala para ir a um retiro das irmãs da Aliança de Santa Maria. Sim, o retiro que viria a abrir um novo horizonte à sua vida. Nesta altura, a Ângela guardava na mochila os livros do 6º ano e ía feliz à catequese, mas para a Bernardete era diferente, tudo o que lhe falasse de Deus pouco ou nada a interessava.

Então como é que a Bernardete foi parar a um retiro?

Juntemos uma agenda que raramente tinha dias em branco, a um fim de semana sem nada marcado, a um convite precisamente para esse fim de semana, um arriscar e assim foi.

À Bernardete atraía o barulho das noites de festa com os amigos, o namorado, o trabalho, as motas. Assim, o silêncio daquele retiro impôs um outro “barulho” que desconhecia: o do falar de Deus… do querer de Deus.

Relembra um pedaço de papel que lhe veio parar às mãos naquele fim de semana, e que a inquietou muito: “que sentido tem a tua vida?”. Esta questão veio confrontar todas as falsas seguranças e o medo do compromisso que sentia.

Depois desse retiro foi essencial o acompanhamento com alguém mais experiente, que a pudesse ajudar a responder às questões que surgiam e a motivasse ao encontro com o Mestre: “Já perguntaste a Deus o que Ele quer de ti?”. Ao ouvir esta provocação a Bernardete riu-se por dentro: “O quê? Perguntar a Deus o que Ele quer de mim? Mas que pergunta é esta? Eu é que sei o que eu quero!”.

Sentiu que não perdia nada – mal ela sabia que viria a “perder tudo” – e ousou perguntar.

Alguns hábitos novos foram tendo espaço no seu dia a dia, voltou à oração do terço (desta vez sem dormitar em família) que passou a ser a sua companhia no regresso a casa, no final de cada dia de trabalho e passou a visitar o Santíssimo Sacramento, depois do café que tomava com os amigos.

Olhando para a história, ela sente-se pertencer àqueles de quem Deus diz: “Deixei-me encontrar pelos que não me procuravam, manifestei-me aos que não perguntavam por mim.” (Is 65, 1)

No contacto com as irmãs da ASM deparou-se com outra realidade que ela pensava impossível conjugar: “é possível ser freira e ser feliz”! Fascinou-a a naturalidade das irmãs, que conversavam sobre todos os assuntos, que transpareciam uma alegria imensa e, simultaneamente, uma seriedade de vida.

A fazer quase 21 anos disse ‘Sim’ àquilo que Deus queria para ela. É por esta altura que a Ângela começa a participar nos encontros da Congregação da sua mana! “Como estará ela?” “Como é que a minha irmã foi para freira!? A Bernardete!?”

Antes, no subconsciente da Ângela pairava uma imagem de certa forma preconceituosa do que é “ser religiosa”, de semblante carrancudo, distante e rigorosamente séria.

Da desconfiança e distância iniciais, os encontros que a Ângela foi fazendo com a pastoral juvenil da Congregação foram quebrando os preconceitos que tinha em relação à vida religiosa e foram, essencialmente, aprofundando a sua relação com o Senhor: passar da ideia do Deus-altíssimo para um Deus-baixíssimo, que se queria colocar frente-a-frente consigo. Dar sentido a tudo. Atraiu-a, como à sua irmã, a naturalidade e a proximidade das irmãs, a alegria que brotava da comunidade.

Aos poucos, a Ângela já organizava a sua vida em função da agenda da pastoral da ASM, já não queria faltar a nenhum encontro, sabia sempre a pouco, sentia-se tocada, em cada momento, pelo mesmo olhar do Mestre que lhe fazia “arder o coração”. A questão impunha-se: “O que é que Deus quer de mim?”

Recorda um poema de Fernando Pessoa que descreve muito bem o que a acompanhava naquela fase: “para ser grande, sê inteiro”. Qual era a sua medida? Seria feliz na medida em que fosse inteira! Era uma questão de inteireza.

Mais uma vez, o processo de discernimento foi marcado por um tempo forte de oração e por algo fundamental: o acompanhamento, o “pôr em comum”.

“Ser irmã!” O “porquê eu?”, serenamente, se tornava num “porque não eu?” Imaginava-se ali, naquela casa, com aquelas irmãs, entregue daquela forma. O chamamento foi amadurecendo e a resposta cada vez mais clara: “Sim, o meu lugar era ali: cabeça, mãos e coração livres para Deus e para a humanidade.”

Mas nem sempre foi tudo claro. Houve altos e baixos. Perceber a vontade de Deus não se conjuga – a maior parte das vezes – com facilidade de entendimento. Aquela certeza ia ficando ofuscada… E então lá vinha o liceu, as artes, as saídas com os amigos, os jogos do Vitória de Guimarães, lá aparecia, uma e outra vez, um jovem por quem o coração batia mais forte. Uma outra paixão muito grande: o teatro – ao qual deu muito espaço e tempo. Houve luta interior, uma vontade de “apagar o histórico”, apagar os caminhos já percorridos. Nesta fase uma circunstância foi marcante no seu processo de discernimento: a morte de um amigo, num acidente de viação. O Tiago. Sentiu um abanão que a fez pensar no quanto a vida é frágil e breve, que a despertou para a importância de descobrir o seu lugar e de não ‘defraudar’ Deus.

Assim… Chegada a casa, quando o silêncio enfim ganhava voz no quarto. Irresistível. O lugar e a marca que Deus ocupava nela era mais forte do que qualquer outra paixão. Ela sabia que já não sabia ser sem Ele e quis seguir o que sabia.


Irmãs ao quadrado, desde que estamos nesta mesma Congregação, envolvidas num mesmo seguimento, comprometidas com um mesmo carisma e uma comunidade, lembramos os santos Francisco e Jacinta que, sendo irmãos, chegaram a saborear juntos essa amizade com Deus e em Deus.


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A HORA DE ACENDER A LÂMPADA
Chamo-me Sofia Mendes e encontro-me na Aliança de Santa Maria desde setembro de 2005...

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Se eu tivesse que resumir a história da vocação que o Senhor escolheu para mim, numa única palavra, seria PAIXÃO.

Nela está contida a fragilidade do meu ser e a abertura do meu coração ao sentido do seu amor e do seu mistério, que encontra resposta na contemplação de Jesus na Cruz.


Chamo-me Sofia Mendes e encontro-me na Aliança de Santa Maria desde setembro de 2005. Sou natural de Constance – Marco de Canaveses – terra que me viu nascer e crescer. Sou a mais nova de quatro irmãos. Os meus pais são católicos e sempre transmitiram essa fé a seus filhos, não só através das palavras, mas também através dos seus atos, nomeadamente pelo exemplo e testemunho que eram para nós. Sempre nos incentivaram a ir à missa ao fim de semana, e à catequese não se podia faltar!

Era uma criança muito sossegada e tranquila. Porém, com a chegada da adolescência, tornei-me um pouco rebelde. Posso até dizer que, desde a escola primária, esta rebeldia vinha crescendo no meu interior. No 2º ciclo, passava os meus tempos livres essencialmente a jogar futebol, ténis de mesa ou matraquilhos com colegas que, por vezes, desconhecia. Como se dizia na altura era uma ‘maria-rapaz’. Era alegre e vivia a vida sempre em busca de aventura. Mas tinha outros passatempos. Gostava muito de ler. Lia qualquer livro, independentemente do seu tema. Gostava de conhecer novos autores e as suas formas de escrever. Mas também ouvia música, via filmes… Contudo, a vida não se baseia apenas naquilo de que gostamos, há também aqueles momentos difíceis ou, de outra forma, a vida não seria vida. É, também, com tais momentos que aprendemos a crescer.

A dada altura iniciei uma nova aventura – a do desporto. Mas à medida que mais me aventurava nesta nova fase, mais a vivência do ser cristão começou a ficar para trás; a título de exemplo, digo que somente frequentava a catequese para receber o sacramento do Crisma e poder ser madrinha. Cheguei a ser acólita e ia à missa todos os domingos, mas estava lá, desculpem-me a expressão, só de ‘corpo presente’. Não queria saber da Igreja. Deus era Alguém que existia, a quem eu recorria somente para pedir, mas por Quem não tinha uma grande amizade. Perdoem-me a comparação, mas era como precisar de alguma comida e ir ao supermercado. Se lá tiver o que queremos, tudo bem, se não, resolvemos de outra forma. Acreditava que existia Deus, mas não vivia nem a fé nem os ensinamentos da Igreja.

Em setembro de 2004, surgiu a oportunidade de jogar pelo FC do Marco. Realizava o meu sonho de criança – ser jogadora de futebol. Nesta altura estava no 11º ano. Em outubro, tive que tomar uma decisão. Ou continuava os estudos ou escolhia o desporto, pois os meus pais não conseguiam pagar as despesas da escola e as do desporto. Foi assim que optei pelo desporto e fui trabalhar. No ano seguinte, em março, fui chamada à Seleção de Futebol Sub-18. Não podia acreditar… Um sonho sempre desejado e… então alcançado.


Mas tive que adiar esse sonho,
pois Alguém irrompeu na minha vida
e destruiu a segurança dos meus passos.


Um campo de férias organizado pela Congregação da Aliança de Santa Maria, cuja missão já conhecia devido a umas conferências que fizeram na minha terra e às quais, sem perceber muito bem o porquê não faltei, deixando inclusive alguns treinos para trás, foi o instrumento que Deus utilizou para me despertar para Ele. Curiosamente, na véspera deste campo de férias foi-me apresentada uma proposta para jogar ténis. Iria iniciar uma nova época desportiva, conciliando o futebol e o ténis, logo que regressasse desse campo; assim julgava eu… Assim sendo, lá fui eu com duas amigas para esse campo de férias, embora não fosse do meu agrado. Ia, porque a amizade, por vezes, fala mais alto do que os nossos próprios gostos. No entanto, quando tomei consciência do ato em si, só me apetecia fugir daquele lugar. Interrogava-me como tinha trocado tudo (família, amigos, desporto) por uma semana com Deus.

O chão parecia escapar-me debaixo dos pés.


Foi uma semana diferente de todas as que tinha vivido até àquela data. Semana, onde o Senhor me chamava para Ele. A minha alma estremeceu, quando me percebi tocada pela sua Graça, mergulhada na sua PAIXÃO. No dia em que senti o chamamento, não sabia o que fazer. O que decidir?

Era necessário tomar uma decisão. Sentia medo,
mas havia algo mais forte do que esse medo.
Deus chama, contudo não força ninguém.


Deixa a cada um a plena liberdade de aceitar ou não o seu convite a tal chamamento. Em lágrimas disse-Lhe que SIM. Não poderia adiar mais o seu chamamento. Sentia-me cativada por Ele. Não me foi fácil deixar todo esse mundo desportivo e, principalmente, dizer à minha família que a minha vida iria mudar a 180 graus. Só uma “maluca” é que poderia fazer tal coisa. E eu fui uma delas. Dei esse passo apoiada unicamente numa fé frágil. Se o caminho seria esse, era necessário aprender a caminhar nele… Encantava-me o desporto, porém este chamamento incrivelmente forte dizia-me que era preciso seguir por outro caminho.



Era chegada a hora de acender a lâmpada que ainda permanecia escondida dentro de mim, a lâmpada de uma felicidade autêntica que me iluminava o caminho para o qual era chamada.


Era tempo de descalçar as chuteiras e trocar a paixão dos relvados pela PAIXÃO de Jesus. Aprender com Ele a ser peregrina num tempo e espaço onde, quando o amor se faz presente, nos faz experimentar fragmentos de eternidade.

O que me cativou nesta Congregação foi o testemunho das irmãs com quem convivi, a alegria e entrega total de cada uma delas à causa na sua autenticidade. Assim, de meados de julho a setembro de 2005 dediquei-me totalmente àqueles que mais amava, não lhes comunicando, ainda, a minha decisão, mas preparando-os para a grande surpresa. Muitos só o souberam depois de eu me juntar às minhas irmãs. Em setembro entrava para a Congregação.

Através do Coração Imaculado da Virgem Maria, nossa Mãe, hoje compreendo o que é deixar-se ferir por um amor maior quando se olha para Aquele que, porque me amou até ao extremo, se deixou crucificar vivendo a sua PAIXÃO por mim.


“Dou graças àquele que me confortou, Cristo Nosso Senhor, por me ter considerado digna de confiança, pondo-me ao seu serviço, a mim que antes fora blasfema, perseguidora e violenta. Mas alcancei misericórdia porque agi por ignorância, sem ter fé ainda (…) Ele veio ao mundo para salvar os pecadores dos quais eu sou a primeira.” (Cf. 1Tm 1, 12-15).

Viver a VIDA na plenitude de uma PAIXÃO…


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A HORA DE ACENDER A LÂMPADA
Chamo-me Sofia Mendes e encontro-me na Aliança de Santa Maria desde setembro de 2005...

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Se eu tivesse que resumir a história da vocação que o Senhor escolheu para mim, numa única palavra, seria PAIXÃO.

Nela está contida a fragilidade do meu ser e a abertura do meu coração ao sentido do seu amor e do seu mistério, que encontra resposta na contemplação de Jesus na Cruz.


Chamo-me Sofia Mendes e encontro-me na Aliança de Santa Maria desde setembro de 2005. Sou natural de Constance – Marco de Canaveses – terra que me viu nascer e crescer. Sou a mais nova de quatro irmãos. Os meus pais são católicos e sempre transmitiram essa fé a seus filhos, não só através das palavras, mas também através dos seus atos, nomeadamente pelo exemplo e testemunho que eram para nós. Sempre nos incentivaram a ir à missa ao fim de semana, e à catequese não se podia faltar!

Era uma criança muito sossegada e tranquila. Porém, com a chegada da adolescência, tornei-me um pouco rebelde. Posso até dizer que, desde a escola primária, esta rebeldia vinha crescendo no meu interior. No 2º ciclo, passava os meus tempos livres essencialmente a jogar futebol, ténis de mesa ou matraquilhos com colegas que, por vezes, desconhecia. Como se dizia na altura era uma ‘maria-rapaz’. Era alegre e vivia a vida sempre em busca de aventura. Mas tinha outros passatempos. Gostava muito de ler. Lia qualquer livro, independentemente do seu tema. Gostava de conhecer novos autores e as suas formas de escrever. Mas também ouvia música, via filmes… Contudo, a vida não se baseia apenas naquilo de que gostamos, há também aqueles momentos difíceis ou, de outra forma, a vida não seria vida. É, também, com tais momentos que aprendemos a crescer.

A dada altura iniciei uma nova aventura – a do desporto. Mas à medida que mais me aventurava nesta nova fase, mais a vivência do ser cristão começou a ficar para trás; a título de exemplo, digo que somente frequentava a catequese para receber o sacramento do Crisma e poder ser madrinha. Cheguei a ser acólita e ia à missa todos os domingos, mas estava lá, desculpem-me a expressão, só de ‘corpo presente’. Não queria saber da Igreja. Deus era Alguém que existia, a quem eu recorria somente para pedir, mas por Quem não tinha uma grande amizade. Perdoem-me a comparação, mas era como precisar de alguma comida e ir ao supermercado. Se lá tiver o que queremos, tudo bem, se não, resolvemos de outra forma. Acreditava que existia Deus, mas não vivia nem a fé nem os ensinamentos da Igreja.

Em setembro de 2004, surgiu a oportunidade de jogar pelo FC do Marco. Realizava o meu sonho de criança – ser jogadora de futebol. Nesta altura estava no 11º ano. Em outubro, tive que tomar uma decisão. Ou continuava os estudos ou escolhia o desporto, pois os meus pais não conseguiam pagar as despesas da escola e as do desporto. Foi assim que optei pelo desporto e fui trabalhar. No ano seguinte, em março, fui chamada à Seleção de Futebol Sub-18. Não podia acreditar… Um sonho sempre desejado e… então alcançado.


Mas tive que adiar esse sonho,
pois Alguém irrompeu na minha vida
e destruiu a segurança dos meus passos.


Um campo de férias organizado pela Congregação da Aliança de Santa Maria, cuja missão já conhecia devido a umas conferências que fizeram na minha terra e às quais, sem perceber muito bem o porquê não faltei, deixando inclusive alguns treinos para trás, foi o instrumento que Deus utilizou para me despertar para Ele. Curiosamente, na véspera deste campo de férias foi-me apresentada uma proposta para jogar ténis. Iria iniciar uma nova época desportiva, conciliando o futebol e o ténis, logo que regressasse desse campo; assim julgava eu… Assim sendo, lá fui eu com duas amigas para esse campo de férias, embora não fosse do meu agrado. Ia, porque a amizade, por vezes, fala mais alto do que os nossos próprios gostos. No entanto, quando tomei consciência do ato em si, só me apetecia fugir daquele lugar. Interrogava-me como tinha trocado tudo (família, amigos, desporto) por uma semana com Deus.

O chão parecia escapar-me debaixo dos pés.


Foi uma semana diferente de todas as que tinha vivido até àquela data. Semana, onde o Senhor me chamava para Ele. A minha alma estremeceu, quando me percebi tocada pela sua Graça, mergulhada na sua PAIXÃO. No dia em que senti o chamamento, não sabia o que fazer. O que decidir?

Era necessário tomar uma decisão. Sentia medo,
mas havia algo mais forte do que esse medo.
Deus chama, contudo não força ninguém.


Deixa a cada um a plena liberdade de aceitar ou não o seu convite a tal chamamento. Em lágrimas disse-Lhe que SIM. Não poderia adiar mais o seu chamamento. Sentia-me cativada por Ele. Não me foi fácil deixar todo esse mundo desportivo e, principalmente, dizer à minha família que a minha vida iria mudar a 180 graus. Só uma “maluca” é que poderia fazer tal coisa. E eu fui uma delas. Dei esse passo apoiada unicamente numa fé frágil. Se o caminho seria esse, era necessário aprender a caminhar nele… Encantava-me o desporto, porém este chamamento incrivelmente forte dizia-me que era preciso seguir por outro caminho.



Era chegada a hora de acender a lâmpada que ainda permanecia escondida dentro de mim, a lâmpada de uma felicidade autêntica que me iluminava o caminho para o qual era chamada.


Era tempo de descalçar as chuteiras e trocar a paixão dos relvados pela PAIXÃO de Jesus. Aprender com Ele a ser peregrina num tempo e espaço onde, quando o amor se faz presente, nos faz experimentar fragmentos de eternidade.

O que me cativou nesta Congregação foi o testemunho das irmãs com quem convivi, a alegria e entrega total de cada uma delas à causa na sua autenticidade. Assim, de meados de julho a setembro de 2005 dediquei-me totalmente àqueles que mais amava, não lhes comunicando, ainda, a minha decisão, mas preparando-os para a grande surpresa. Muitos só o souberam depois de eu me juntar às minhas irmãs. Em setembro entrava para a Congregação.

Através do Coração Imaculado da Virgem Maria, nossa Mãe, hoje compreendo o que é deixar-se ferir por um amor maior quando se olha para Aquele que, porque me amou até ao extremo, se deixou crucificar vivendo a sua PAIXÃO por mim.


“Dou graças àquele que me confortou, Cristo Nosso Senhor, por me ter considerado digna de confiança, pondo-me ao seu serviço, a mim que antes fora blasfema, perseguidora e violenta. Mas alcancei misericórdia porque agi por ignorância, sem ter fé ainda (…) Ele veio ao mundo para salvar os pecadores dos quais eu sou a primeira.” (Cf. 1Tm 1, 12-15).

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E SE EU FOSSE PASSAR UNS DIAS A UM CONVENTO?
Vivemos dias de júbilo. Dentro de poucos dias, a Ir. Ana Luísa Castro professará os seus Votos Perpétuos...

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Vivemos dias de júbilo. Dentro de poucos dias, a Ir. Ana Luísa Castro professará os seus Votos Perpétuos, na cidade onde nasceu, Guimarães. Por detrás do “Sim” que professará no próximo dia 8 de dezembro, diante da sua comunidade, amigos, família, a Ir. Ana Luísa guarda uma história com o “querer de Deus”. Vale a pena ler, dando graças pelo dom da sua vida e entrega!

Deus afinal está ainda mais perto e talvez queira algo mais de mim.

Deus afinal está ainda mais perto e talvez queira algo mais de mim.


Em criança tinha uma noção básica de quem era Deus; a minha mãe levava-me sempre à missa ao Domingo e preocupava-se em transmitir-me que Deus sempre nos acompanhava e tantas vezes essa Presença se fazia sentir das mais diversas maneiras! Fui crescendo com esta fé que, embora sem grande aprofundamento, ia sendo preenchida de pequenos momentos chave; um deles foi um pequeno livro sobre a Beata Jacinta que a minha avó me trouxe de Fátima, a partir dali comecei a rezar o terço todos os dias, por minha conta e risco.

“…a partir dali
comecei a rezar o terço todos os dias,
por minha conta e risco."


Entretanto a escola corria bem e o sonho de me tornar médica foi ganhando corpo até que no 12º ano surgiu-me uma ideia estranha: “e se eu fosse passar uns dias a um convento?”. Estive, então, uma semana num convento de Irmãs Carmelitas Descalças, onde a contemplação, o silêncio e a atmosfera orante e alegre daquele belo lugar marcou a minha vida. Saí de lá com uma outra visão de Deus: Deus afinal está ainda mais perto e talvez queira algo mais de mim.s.

“e se eu fosse passar uns dias a um convento?"


Aquela inquietação ficou ali nos bastidores da minha mente enquanto a minha vida se desenrolava de forma maravilhosa: entrei na Faculdade de Medicina do Porto! Mudar-me de Guimarães para o ambiente universitário do Porto significou uma nova independência que me deixava viver ao meu jeito. No entanto, se esta nova fase tinha tudo para ser ideal, não me preenchia e aquela experiência de Deus no Carmelo vinha recorrentemente ao de cima.

Tudo isso agravou-se num campo de férias onde fiz uma amizade inesperada com uma jovem muito diferente de mim que, alguns meses mais tarde viria entrar numa Congregação Religiosa. Comecei a ir visitá-la a Fátima e, naquela casa da Aliança de Santa Maria, descobri um lugar de muita intimidade com Deus e com Nossa Senhora e de uma alegria fraterna verdadeiramente tocante. A partir daí tudo se foi tornando mais claro. Completei o curso já com a decisão tomada de entrar na Congregação. Nesses últimos anos passados no Porto, em que tantas outras propostas foram surgindo, foi essencial o acompanhamento espiritual regular e a vida de oração, para ir fazendo um bom discernimento numa grande liberdade interior.


“…tudo se foi tornando mais claro"


Para os meus pais foi doloroso pois, acresce à surpresa da decisão o facto de eu ser filha única, mas para mim, o dia da minha entrada em 2008, foi o início de uma vida que quer ser de entrega, pelas mãos de Nossa Senhora a quem aprendi a chamar Mãe. Na Aliança de Santa Maria descobri o lugar que Deus prepara em cada dia para mim, para com Ele e em comunidade levá-lo a toda a gente particularmente através da Mensagem de Fátima.

Jornal Presente | Leiria-Fátima
24 de outubro de 2015




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E SE EU FOSSE PASSAR UNS DIAS A UM CONVENTO?
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Vivemos dias de júbilo. Dentro de poucos dias, a Ir. Ana Luísa Castro professará os seus Votos Perpétuos, na cidade onde nasceu, Guimarães. Por detrás do “Sim” que professará no próximo dia 8 de dezembro, diante da sua comunidade, amigos, família, a Ir. Ana Luísa guarda uma história com o “querer de Deus”. Vale a pena ler, dando graças pelo dom da sua vida e entrega!

Deus afinal está ainda mais perto e talvez queira algo mais de mim.

Deus afinal está ainda mais perto e talvez queira algo mais de mim.


Em criança tinha uma noção básica de quem era Deus; a minha mãe levava-me sempre à missa ao Domingo e preocupava-se em transmitir-me que Deus sempre nos acompanhava e tantas vezes essa Presença se fazia sentir das mais diversas maneiras! Fui crescendo com esta fé que, embora sem grande aprofundamento, ia sendo preenchida de pequenos momentos chave; um deles foi um pequeno livro sobre a Beata Jacinta que a minha avó me trouxe de Fátima, a partir dali comecei a rezar o terço todos os dias, por minha conta e risco.

“…a partir dali
comecei a rezar o terço todos os dias,
por minha conta e risco."


Entretanto a escola corria bem e o sonho de me tornar médica foi ganhando corpo até que no 12º ano surgiu-me uma ideia estranha: “e se eu fosse passar uns dias a um convento?”. Estive, então, uma semana num convento de Irmãs Carmelitas Descalças, onde a contemplação, o silêncio e a atmosfera orante e alegre daquele belo lugar marcou a minha vida. Saí de lá com uma outra visão de Deus: Deus afinal está ainda mais perto e talvez queira algo mais de mim.s.

“e se eu fosse passar uns dias a um convento?"


Aquela inquietação ficou ali nos bastidores da minha mente enquanto a minha vida se desenrolava de forma maravilhosa: entrei na Faculdade de Medicina do Porto! Mudar-me de Guimarães para o ambiente universitário do Porto significou uma nova independência que me deixava viver ao meu jeito. No entanto, se esta nova fase tinha tudo para ser ideal, não me preenchia e aquela experiência de Deus no Carmelo vinha recorrentemente ao de cima.

Tudo isso agravou-se num campo de férias onde fiz uma amizade inesperada com uma jovem muito diferente de mim que, alguns meses mais tarde viria entrar numa Congregação Religiosa. Comecei a ir visitá-la a Fátima e, naquela casa da Aliança de Santa Maria, descobri um lugar de muita intimidade com Deus e com Nossa Senhora e de uma alegria fraterna verdadeiramente tocante. A partir daí tudo se foi tornando mais claro. Completei o curso já com a decisão tomada de entrar na Congregação. Nesses últimos anos passados no Porto, em que tantas outras propostas foram surgindo, foi essencial o acompanhamento espiritual regular e a vida de oração, para ir fazendo um bom discernimento numa grande liberdade interior.


“…tudo se foi tornando mais claro"


Para os meus pais foi doloroso pois, acresce à surpresa da decisão o facto de eu ser filha única, mas para mim, o dia da minha entrada em 2008, foi o início de uma vida que quer ser de entrega, pelas mãos de Nossa Senhora a quem aprendi a chamar Mãe. Na Aliança de Santa Maria descobri o lugar que Deus prepara em cada dia para mim, para com Ele e em comunidade levá-lo a toda a gente particularmente através da Mensagem de Fátima.

Jornal Presente | Leiria-Fátima
24 de outubro de 2015




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NA CERTEZA DA INTEIREZA
É tempo de dar graças! O Senhor continua a chamar hoje! E há jovens a dizerem-Lhe que "Sim!"...

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É tempo de dar graças! O Senhor continua a chamar hoje! E há jovens a dizerem-Lhe que “Sim!”

Dentro de poucos dias, a Ir. Ângela Oliveira professará os seus votos perpétuos na cidade onde vive atualmente, em Fátima.

Por detrás do “Sim” que dirá no próximo dia 8 de setembro, às 10h, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, diante da sua comunidade, família e amigos, a Ir. Ângela guarda uma história de ‘resistência-cedência’ ao que Deus quis para ela.

Vale a pena ler, dando graças pelo dom da sua vida e entrega!

“A melhor pessoa para estar aqui
a falar da minha história era Ele”


“Para ser grande, sê inteiro”. Foi na certeza desta “inteireza”, que disse sim à vida consagrada.<


Ângela Manuela Ribeiro de Oliveira tem vinte e sete anos e é natural de Guimarães. É a mais nova de quatro filhas. “Fui a última esperança de rapaz! Mas agora já há dois netos.” Teve uma infância muito serena e feliz, num percurso que apelida de “normal, numa família católica, com marcas de relação com Deus”, que lhe transmitiu a fé como herança. Nas viagens mentais que faz ao passado, relembra sobretudo imagens concretas que a marcaram.”Recordo a peripécia que era a ida à Missa ao domingo. O meu pai no carro à espera das cinco mulheres.” Evoca a memória para lembrar a assiduidade na Missa dominical, em família. À boleia desta lembrança, vem também a das viagens que fazia em família. Nota-se que se sente confortável a avivar o passado, mas não conseguimos distinguir se o brilho dos olhos vem das memórias, se do facto de falar da família. Provavelmente, de ambas.

UM PERÍODO DE ESCOLHAS DIFÍCEIS

A jornada pelo passado percorre os anos até aos dias em que Deus ainda se circunscrevia à ideia do “Altíssimo e era aquela imagem distante”, a quem pedia ajuda para proteger a família e para ajudar nos testes.

Foi na adolescência que se viu, pela primeira vez, interrogada com a vocação da vida consagrada. Lembra um período de escolhas que lhe foram difíceis, nomeadamente sobre o curso secundário a seguir. A opção por uma área de ensino não foi fácil, conta, até porque a vontade de querer aprender de tudo um pouco já vinha de trás. “Quando era pequenina, queria ser pintora, pianista, professora.” Decidiu-se por ciências, mas a escolha perdurou apenas por dois anos, altura em que mudou para artes. O gosto pelo desenho e pelas artes performativas falaram mais alto e os esquissos que ia fazendo nos cadernos de biologia, traçavam uma nova escolha. Anulou as disciplinas específicas e estudou para os exames da área que escolhera, concluindo o ensino secundário em artes visuais.

Foi a par desta mudança que investiu mais no gosto que sempre teve por teatro, começando a frequentar um curso. “O ser humano tem tendência para ser o protagonista do palco da sua vida, mas será tão mais feliz se apontarmos os focos a Jesus e O colocarmos no centro das nossas vidas", faz questão de dizer.


UMA VOCAÇÃO QUE FOI CRESCENDO

O processo de discernimento vocacional foi progressivo, afiança. “Eu já tinha visto Irmãs, uma ou outra vez, lá em Guimarães, mas nunca me tinha envolvido”. No subconsciente da Ângela pairava uma imagem de certa forma preconceituosa do que é “ser religiosa”, de semblante carrancudo, distante e rigorosamente séria; até que surgiu um contacto mais próximo, aquando da entrada da sua irmã de sangue na congregação da Aliança de Santa Maria. Fala de Bernardete, sete anos mais velha que ela. “Como é que a minha irmã foi para freira!? A Bernardete!?” Tinha então treze anos e começou a participar em encontros juvenis, organizados pela Congregação. A indiferença inicial foi-se convertendo, gradualmente, em interesse crescente.

“Como é que elas conseguem ser tão alegres,
tendo quase nada? O que é que estará por detrás de toda esta alegria"


Descreve uma experiência intensa e marcante, que a fez desconstruir a ideia de um Deus distante e a ajudou desvelar um Deus-baixíssimo, que se queria colocar frente-a-frente consigo. Dar sentido a tudo. “O meu conhecimento da Aliança foi muito marcado pela relação com as Irmãs e por este encontro com Jesus, através de uma mediação, propiciada pelos encontros que frequentava”. Em cada encontro era “esvaziada de tudo”, até de preconceitos, conta, e a cumplicidade que sentia naquele lugar, fazia-a sentir-se bem. Começou então a questionar-se, primeiro pelas coisas aparentes. “Como é que elas conseguem ser tão alegres, tendo quase nada e o que é que estará por detrás de toda esta alegria na entrega?”.

“Ao constatar toda esta felicidade e proximidade, comecei a questionar-me sobre o que é que Ele quereria para mim”. Foi nesta introspeção, “que ao mesmo tempo transtorna e cativa”, que descobriu a vocação como um processo de felicidade e realização pessoal. Recorda um poema de Fernando Pessoa que descreve muito bem o que a acompanhava naquela fase: “para ser grande, sê inteiro”. Qual era a sua medida? Seria feliz na medida em que fosse inteira! Era uma questão de inteireza… “Ter cabeça, coração, pernas, mãos, boca, tudo para Deus e para os outros!”

A oração diária e a ajuda de uma Irmã foram fundamentais neste período, recorda. A vontade de ali estar e de lá voltar era um dos sinais mais evidentes de que a sua vocação se cumpria na vida consagrada. “Houve uma altura em que os encontros já não chegavam e comecei a sentir necessidade de mais. Era mesmo um enamoramento e já não me conseguia imaginar fora dali.”

Um momento que considera ter sido marcante no seu processo de discernimento foi a morte de um amigo, num acidente de viação: “Tive um abanão que me fez pensar no quanto a vida é frágil e breve, que me despertou para a importância de descobrir o meu lugar e de não ‘defraudar’ Deus.”


UM CAMINHO COM ALTOS E BAIXOS

Tomou então a decisão de, após o 12º ano, entrar para a Aliança de Santa Maria. Embora tivesse tido uma perceção ainda em jovem da vocação consagrada, não foi por isso que deixou de viver as coisas com mais intensidade, revela. Até à decisão definitiva houve altos e baixos, recorda. Perceber a vontade de Deus não se conjuga – a maior parte das vezes – com facilidade de entendimento.

Nesta altura, começou a trabalhar a tempo parcial e o dinheiro que ia juntando permitia-lhe experimentar outra independência. Houve também vezes em que “o coração bateu mais forte e sentiu “borboletas na barriga”. Por outro lado, o gosto pelo teatro e a possibilidade de ingressar num curso superior nesta área faziam-na repensar a decisão que estava para tomar. Lembra uma altura em que se dedicava a muitas atividades. Mas, quando à noite regressava a casa, quando o silêncio enfim ganhava voz no quarto. Irresistível. O lugar e a marca que Deus ocupava nela era mais forte do que qualquer outra paixão. Ela sabia que já não sabia ser sem Ele e quis seguir o que sabia. A sua vocação se cumpria na vida consagrada.


UMA VOCAÇÃO QUE SE CUMPRE

Atualmente prepara-se para os votos perpétuos. Após 9 anos de caminho de intimidade e crescimento, dirá, diante da sua comunidade, família e amigos: “Sim, quero.” à pergunta: “Queres, com o auxílio da graça de Deus, abraçar para sempre a mesma vida de perfeita castidade, obediência e pobreza, que Cristo Senhor e a Virgem Sua Mãe para Si escolheram?”

Ela sabia que já não sabia ser sem Ele
e quis seguir o que sabia.


Artigo adaptado da Entrevista de Diogo Carvalho Alves para Jornal Presente | Diocese de Leiria-Fátima




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É tempo de dar graças! O Senhor continua a chamar hoje! E há jovens a dizerem-Lhe que "Sim!"...

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É tempo de dar graças! O Senhor continua a chamar hoje! E há jovens a dizerem-Lhe que “Sim!”

Dentro de poucos dias, a Ir. Ângela Oliveira professará os seus votos perpétuos na cidade onde vive atualmente, em Fátima.

Por detrás do “Sim” que dirá no próximo dia 8 de setembro, às 10h, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, diante da sua comunidade, família e amigos, a Ir. Ângela guarda uma história de ‘resistência-cedência’ ao que Deus quis para ela.

Vale a pena ler, dando graças pelo dom da sua vida e entrega!

“A melhor pessoa para estar aqui
a falar da minha história era Ele”


“Para ser grande, sê inteiro”. Foi na certeza desta “inteireza”, que disse sim à vida consagrada.<


Ângela Manuela Ribeiro de Oliveira tem vinte e sete anos e é natural de Guimarães. É a mais nova de quatro filhas. “Fui a última esperança de rapaz! Mas agora já há dois netos.” Teve uma infância muito serena e feliz, num percurso que apelida de “normal, numa família católica, com marcas de relação com Deus”, que lhe transmitiu a fé como herança. Nas viagens mentais que faz ao passado, relembra sobretudo imagens concretas que a marcaram.”Recordo a peripécia que era a ida à Missa ao domingo. O meu pai no carro à espera das cinco mulheres.” Evoca a memória para lembrar a assiduidade na Missa dominical, em família. À boleia desta lembrança, vem também a das viagens que fazia em família. Nota-se que se sente confortável a avivar o passado, mas não conseguimos distinguir se o brilho dos olhos vem das memórias, se do facto de falar da família. Provavelmente, de ambas.

UM PERÍODO DE ESCOLHAS DIFÍCEIS

A jornada pelo passado percorre os anos até aos dias em que Deus ainda se circunscrevia à ideia do “Altíssimo e era aquela imagem distante”, a quem pedia ajuda para proteger a família e para ajudar nos testes.

Foi na adolescência que se viu, pela primeira vez, interrogada com a vocação da vida consagrada. Lembra um período de escolhas que lhe foram difíceis, nomeadamente sobre o curso secundário a seguir. A opção por uma área de ensino não foi fácil, conta, até porque a vontade de querer aprender de tudo um pouco já vinha de trás. “Quando era pequenina, queria ser pintora, pianista, professora.” Decidiu-se por ciências, mas a escolha perdurou apenas por dois anos, altura em que mudou para artes. O gosto pelo desenho e pelas artes performativas falaram mais alto e os esquissos que ia fazendo nos cadernos de biologia, traçavam uma nova escolha. Anulou as disciplinas específicas e estudou para os exames da área que escolhera, concluindo o ensino secundário em artes visuais.

Foi a par desta mudança que investiu mais no gosto que sempre teve por teatro, começando a frequentar um curso. “O ser humano tem tendência para ser o protagonista do palco da sua vida, mas será tão mais feliz se apontarmos os focos a Jesus e O colocarmos no centro das nossas vidas", faz questão de dizer.


UMA VOCAÇÃO QUE FOI CRESCENDO

O processo de discernimento vocacional foi progressivo, afiança. “Eu já tinha visto Irmãs, uma ou outra vez, lá em Guimarães, mas nunca me tinha envolvido”. No subconsciente da Ângela pairava uma imagem de certa forma preconceituosa do que é “ser religiosa”, de semblante carrancudo, distante e rigorosamente séria; até que surgiu um contacto mais próximo, aquando da entrada da sua irmã de sangue na congregação da Aliança de Santa Maria. Fala de Bernardete, sete anos mais velha que ela. “Como é que a minha irmã foi para freira!? A Bernardete!?” Tinha então treze anos e começou a participar em encontros juvenis, organizados pela Congregação. A indiferença inicial foi-se convertendo, gradualmente, em interesse crescente.

“Como é que elas conseguem ser tão alegres,
tendo quase nada? O que é que estará por detrás de toda esta alegria"


Descreve uma experiência intensa e marcante, que a fez desconstruir a ideia de um Deus distante e a ajudou desvelar um Deus-baixíssimo, que se queria colocar frente-a-frente consigo. Dar sentido a tudo. “O meu conhecimento da Aliança foi muito marcado pela relação com as Irmãs e por este encontro com Jesus, através de uma mediação, propiciada pelos encontros que frequentava”. Em cada encontro era “esvaziada de tudo”, até de preconceitos, conta, e a cumplicidade que sentia naquele lugar, fazia-a sentir-se bem. Começou então a questionar-se, primeiro pelas coisas aparentes. “Como é que elas conseguem ser tão alegres, tendo quase nada e o que é que estará por detrás de toda esta alegria na entrega?”.

“Ao constatar toda esta felicidade e proximidade, comecei a questionar-me sobre o que é que Ele quereria para mim”. Foi nesta introspeção, “que ao mesmo tempo transtorna e cativa”, que descobriu a vocação como um processo de felicidade e realização pessoal. Recorda um poema de Fernando Pessoa que descreve muito bem o que a acompanhava naquela fase: “para ser grande, sê inteiro”. Qual era a sua medida? Seria feliz na medida em que fosse inteira! Era uma questão de inteireza… “Ter cabeça, coração, pernas, mãos, boca, tudo para Deus e para os outros!”

A oração diária e a ajuda de uma Irmã foram fundamentais neste período, recorda. A vontade de ali estar e de lá voltar era um dos sinais mais evidentes de que a sua vocação se cumpria na vida consagrada. “Houve uma altura em que os encontros já não chegavam e comecei a sentir necessidade de mais. Era mesmo um enamoramento e já não me conseguia imaginar fora dali.”

Um momento que considera ter sido marcante no seu processo de discernimento foi a morte de um amigo, num acidente de viação: “Tive um abanão que me fez pensar no quanto a vida é frágil e breve, que me despertou para a importância de descobrir o meu lugar e de não ‘defraudar’ Deus.”


UM CAMINHO COM ALTOS E BAIXOS

Tomou então a decisão de, após o 12º ano, entrar para a Aliança de Santa Maria. Embora tivesse tido uma perceção ainda em jovem da vocação consagrada, não foi por isso que deixou de viver as coisas com mais intensidade, revela. Até à decisão definitiva houve altos e baixos, recorda. Perceber a vontade de Deus não se conjuga – a maior parte das vezes – com facilidade de entendimento.

Nesta altura, começou a trabalhar a tempo parcial e o dinheiro que ia juntando permitia-lhe experimentar outra independência. Houve também vezes em que “o coração bateu mais forte e sentiu “borboletas na barriga”. Por outro lado, o gosto pelo teatro e a possibilidade de ingressar num curso superior nesta área faziam-na repensar a decisão que estava para tomar. Lembra uma altura em que se dedicava a muitas atividades. Mas, quando à noite regressava a casa, quando o silêncio enfim ganhava voz no quarto. Irresistível. O lugar e a marca que Deus ocupava nela era mais forte do que qualquer outra paixão. Ela sabia que já não sabia ser sem Ele e quis seguir o que sabia. A sua vocação se cumpria na vida consagrada.


UMA VOCAÇÃO QUE SE CUMPRE

Atualmente prepara-se para os votos perpétuos. Após 9 anos de caminho de intimidade e crescimento, dirá, diante da sua comunidade, família e amigos: “Sim, quero.” à pergunta: “Queres, com o auxílio da graça de Deus, abraçar para sempre a mesma vida de perfeita castidade, obediência e pobreza, que Cristo Senhor e a Virgem Sua Mãe para Si escolheram?”

Ela sabia que já não sabia ser sem Ele
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Profissão Temporária de 3 irmãs | Que significa?
No próximo sábado, professarão os primeiros votos, as irmãs Sílvia, Verónica e Margarida...

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No próximo sábado, professarão os primeiros votos,
as irmãs Sílvia, Verónica e Margarida.

Fomos perguntar-lhes o que significava para cada uma
este passo nas suas vidas em Aliança de Santa Maria…




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Profissão Temporária de 3 irmãs | Que significa?
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as irmãs Sílvia, Verónica e Margarida.

Fomos perguntar-lhes o que significava para cada uma
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O FOGO QUE PERCEBIA HAVER NOS SEUS CORAÇÕES
Um caminho que Deus, na Sua infinita Misericórdia, suscitou, acompanhou e sustentou é a leitura agradecida...

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Irmã Maria Alice

uma riqueza incomparável que
nada desta terra preencheria


Um caminho que Deus, na Sua infinita Misericórdia, suscitou, acompanhou e sustentou é a leitura agradecida que, cinquenta anos depois, posso fazer do chamamento do Senhor a ser Aliada de Santa Maria. Nasci numa família católica. Tive uma infância muito feliz. Tenho recordações muito lindas do dia a dia vivido na família que o Senhor me deu. Porém, aos onze anos, com a partida de meu pai para Angola, (era agente da Polícia de Segurança Pública e foi prestar serviço nessa província ultramarina) sofri muito. Sentindo a maldade do mundo, que tanto me fazia sofrer e tendo consciência do amor de Jesus por mim, decidi que entregaria a minha vida toda ao Senhor que seria só d’Ele. Como naquela idade nada podia decidir em ordem à concretização desse desejo, decidi-me pela oração intensa com a qual suplicava essa graça.

Sabia que não era realizável senão daí a alguns anos, mas isso nunca me deixou desanimar, ainda que nada percebesse de Vida Consagrada. Porque frequentava o Liceu dedicava-me ao estudo sem descurar a oração. Já no Porto, pelos 13 anos, tive a oportunidade de participar na tomada de hábito de uma religiosa, no Carmelo. Fiquei de tal forma tocada que, chegada a casa, disse que era para ali que iria “quando fosse grande” ao que minha mãe respondeu: “Para ali não, pois nunca mais te vemos. Então antes para umas que andem assim na rua, como nós.”

Continuava a rezar com a “certeza”, que me ia sustentando, de que o meu futuro pertencia a Deus e Ele resolveria tudo, quando e como quisesse. No último ano do Liceu fiz um retiro durante o qual a Maria Áurea, com a sua presença, ia ajudando as jovens. No final desse retiro foi-nos dada a morada do Farol, como lugar onde nos poderíamos encontrar de novo, para partilhar recordações, dificuldades… era um espaço de ajuda, em família. Depois, quando surgiu o final do percurso académico, terminei o Liceu e entrei na Escola do Magistério. Nessa hora, em que começava a desejar ver a concretização do que mantinha no meu coração, surgiram a Maria Áurea e a Maria Clara.

O seu entusiasmo por Deus, o fogo que percebia haver nos seus corações, o amor a Nossa Senhora, o encontro com Ela, a quem aprendi a chamar Mãe e que, naquela casa, o Farol, sentia que me acolhia, a alegria contagiante, a forma de rezar, a felicidade que pude experimentar, a paz que sentia, eram a resposta aos anseios que trazia dentro de mim, há tantos anos. Não me questionei se eram ou não uma Congregação. Identificava-me com a sua vida, inspiravam-me confiança e admiração. Deus respondia-me de forma tão clara e evidente que não tive dúvidas que era para avançar por este caminho. Entretanto tive que esperar pela maioridade, porque meus pais não concordaram com a minha decisão. Passados que são estes cinquenta anos, agradeço ao Senhor e à Mãe o privilégio singular, que me concederam, de ter sido escolhida para acompanhar o nascimento e crescimento deste “pequenino rebanho” que somos.

A meditação da Palavra no Evangelho que, desde o princípio, foi alimento nas nossas vidas, o Rosário com o qual sempre nos dirigimos à Senhora, a Sua Mensagem alvo de estudo e aprofundamento desde a primeira hora, o Coração de Maria conhecido e amado, como “Deus quer”, em tantos lugares do mundo, encheram estes anos de uma riqueza incomparável que nada desta terra preencheria. Ver a Aliança de Santa Maria a crescer de múltiplas formas é motivo de uma contínua ação de graças que levo à Santíssima Trindade na oração. E, continuo a agradecer o privilégio único de, sabendo que o Senhor “disse o meu nome antes que eu fosse concebida”, que me “conhece desde o ventre de minha mãe”, me tenha, também, chamado a viver, desde os primeiros passos da Aliança. Estou grata pela riqueza de ter visto crescer, devagarinho, uma a uma, em cada irmã que chegava, esta porção “Corpo de Cristo” que somos.

Todas e cada uma foram confirmando os nossos passos dados na Fé, neste caminho que continuamente nos chama à santidade. Posso dizer, com muita alegria, que tenho podido ver “o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo…” E, seguindo a mesma Palavra de S. João, a todas quantas se dispõem a procurar descobrir o que Deus quer das suas vidas, eu ouso dizer-lhes com as palavras da Senhora em Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.

Este é apenas um caminho que Deus SEGUROU Misericordiosamente nas Suas mãos e no Seu CORAÇÃO. Faria exatamente o mesmo caminho, se hoje estivesse a começar.


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Um caminho que Deus, na Sua infinita Misericórdia, suscitou, acompanhou e sustentou é a leitura agradecida...

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Irmã Maria Alice

uma riqueza incomparável que
nada desta terra preencheria


Um caminho que Deus, na Sua infinita Misericórdia, suscitou, acompanhou e sustentou é a leitura agradecida que, cinquenta anos depois, posso fazer do chamamento do Senhor a ser Aliada de Santa Maria. Nasci numa família católica. Tive uma infância muito feliz. Tenho recordações muito lindas do dia a dia vivido na família que o Senhor me deu. Porém, aos onze anos, com a partida de meu pai para Angola, (era agente da Polícia de Segurança Pública e foi prestar serviço nessa província ultramarina) sofri muito. Sentindo a maldade do mundo, que tanto me fazia sofrer e tendo consciência do amor de Jesus por mim, decidi que entregaria a minha vida toda ao Senhor que seria só d’Ele. Como naquela idade nada podia decidir em ordem à concretização desse desejo, decidi-me pela oração intensa com a qual suplicava essa graça.

Sabia que não era realizável senão daí a alguns anos, mas isso nunca me deixou desanimar, ainda que nada percebesse de Vida Consagrada. Porque frequentava o Liceu dedicava-me ao estudo sem descurar a oração. Já no Porto, pelos 13 anos, tive a oportunidade de participar na tomada de hábito de uma religiosa, no Carmelo. Fiquei de tal forma tocada que, chegada a casa, disse que era para ali que iria “quando fosse grande” ao que minha mãe respondeu: “Para ali não, pois nunca mais te vemos. Então antes para umas que andem assim na rua, como nós.”

Continuava a rezar com a “certeza”, que me ia sustentando, de que o meu futuro pertencia a Deus e Ele resolveria tudo, quando e como quisesse. No último ano do Liceu fiz um retiro durante o qual a Maria Áurea, com a sua presença, ia ajudando as jovens. No final desse retiro foi-nos dada a morada do Farol, como lugar onde nos poderíamos encontrar de novo, para partilhar recordações, dificuldades… era um espaço de ajuda, em família. Depois, quando surgiu o final do percurso académico, terminei o Liceu e entrei na Escola do Magistério. Nessa hora, em que começava a desejar ver a concretização do que mantinha no meu coração, surgiram a Maria Áurea e a Maria Clara.

O seu entusiasmo por Deus, o fogo que percebia haver nos seus corações, o amor a Nossa Senhora, o encontro com Ela, a quem aprendi a chamar Mãe e que, naquela casa, o Farol, sentia que me acolhia, a alegria contagiante, a forma de rezar, a felicidade que pude experimentar, a paz que sentia, eram a resposta aos anseios que trazia dentro de mim, há tantos anos. Não me questionei se eram ou não uma Congregação. Identificava-me com a sua vida, inspiravam-me confiança e admiração. Deus respondia-me de forma tão clara e evidente que não tive dúvidas que era para avançar por este caminho. Entretanto tive que esperar pela maioridade, porque meus pais não concordaram com a minha decisão. Passados que são estes cinquenta anos, agradeço ao Senhor e à Mãe o privilégio singular, que me concederam, de ter sido escolhida para acompanhar o nascimento e crescimento deste “pequenino rebanho” que somos.

A meditação da Palavra no Evangelho que, desde o princípio, foi alimento nas nossas vidas, o Rosário com o qual sempre nos dirigimos à Senhora, a Sua Mensagem alvo de estudo e aprofundamento desde a primeira hora, o Coração de Maria conhecido e amado, como “Deus quer”, em tantos lugares do mundo, encheram estes anos de uma riqueza incomparável que nada desta terra preencheria. Ver a Aliança de Santa Maria a crescer de múltiplas formas é motivo de uma contínua ação de graças que levo à Santíssima Trindade na oração. E, continuo a agradecer o privilégio único de, sabendo que o Senhor “disse o meu nome antes que eu fosse concebida”, que me “conhece desde o ventre de minha mãe”, me tenha, também, chamado a viver, desde os primeiros passos da Aliança. Estou grata pela riqueza de ter visto crescer, devagarinho, uma a uma, em cada irmã que chegava, esta porção “Corpo de Cristo” que somos.

Todas e cada uma foram confirmando os nossos passos dados na Fé, neste caminho que continuamente nos chama à santidade. Posso dizer, com muita alegria, que tenho podido ver “o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo…” E, seguindo a mesma Palavra de S. João, a todas quantas se dispõem a procurar descobrir o que Deus quer das suas vidas, eu ouso dizer-lhes com as palavras da Senhora em Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.

Este é apenas um caminho que Deus SEGUROU Misericordiosamente nas Suas mãos e no Seu CORAÇÃO. Faria exatamente o mesmo caminho, se hoje estivesse a começar.


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AO RITMO DO TEMPO DE FÁTIMA
Antes de entrar na comunidade que me acolheria, o Farol do Anjo, em Fátima, fui, com a minha família, à...

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25 anos de Vida Consagrada
Ir. Ângela de Fátima

Gratidão por 25 anos de história da fidelidade de Deus para comigo


16 de julho de 1995

Antes de entrar na comunidade que me acolheria, o Farol do Anjo, em Fátima, fui, com a minha família, à Capelinha das Aparições.

Envolvida como estava, num misto de sentimentos de angústia e alegria, de saudade e expectativa, não ouvi. Foi o meu irmão quem me indicou a escuta.

“Ouve!”, disse. Prestei atenção. Tocavam os sinos do Santuário. Era o meio-dia.

Vinte e cinco anos mais tarde recordo esse momento e vejo-o como uma metáfora do desejo mais profundo que o Espírito Santo semeou no meu coração: viver a minha vida ao ritmo do tempo de Fátima. Seguir Jesus acompanhada pelo Coração Imaculado de Maria, difundindo a mensagem que, de Fátima, irradia para o mundo. Um desejo totalmente modelado pelo carisma da minha família religiosa, a Aliança de Santa Maria.

Ao longo destes anos aprendi a conhecer o rosto de Deus ao ritmo das Ave-Marias do meu terço, aprendi a conhecer o Coração de Jesus através da Sua Palavra, “atando os cabos” da minha vida ao Verbo contemplado em cada dia. Aprendi a entregar-me às irmãs, alimentando-me da Eucaristia, celebrada e adorada em tantas horas de silêncio.

As missões que o Senhor me confiou, através das minhas superioras, foram uma fonte de alegria, ainda que repletas de desafios. Com que comoção recordo o privilégio de participar do crescimento humano e espiritual das noviças que me foram confiadas. Que júbilo e que dia luminoso o da canonização dos Santos Francisco e Jacinta. Que entusiasmo com a causa da Irmã Lúcia, que caminha no seu processo de canonização.

Conheci e senti as minhas fragilidades, mas experimentei, com toda a beleza, a fidelidade do Deus da Aliança, o Bom Pastor que nunca me largou a mão.


16 de julho de 2020

Quando começou este ano, decidi nada pedir ao Senhor. Pretendia apenas acolher tudo como um presente Seu, para o nosso jubileu de prata.

Concedeu-me um tempo especial de solidão e silêncio. Com a pandemia “conduziu-me ao deserto e falou-me ao coração” (cf. Os 2,16).

Confiou-me um tempo de profunda vivência do mistério pascal. Com a morte da nossa irmã Marta aprendi, de um jeito novo, a humilde lição da pobreza e do abandono nas mãos de Deus. E reaprendi a paz que nasce ao rezar, lentamente, “Deus providenciará” (Gn 22,8).

25 anos depois, ao ritmo do tempo de Fátima, só desejo dizer sim quero. O que Tu queres, Senhor, como Tu queres, quando Tu quiseres!

Fica a gratidão. Ao Senhor da minha Vida por me ter dado a Sua Mãe; à minha família, onde sou amada e com quem aprendi a amar; às mulheres que me fizeram apaixonar por Jesus e pela “Senhora mais brilhante do que o Sol”: a Áurea e a Clara; aos amigos que o são, em todas as horas; às minhas irmãs em Aliança, que são expressão do amor e do cuidado de Deus para comigo e me ajudam a crescer. Todos possibilitaram a beleza prateada deste jubileu.


Ângela de Fátima Coelho, julho de 2020.




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AO RITMO DO TEMPO DE FÁTIMA
Antes de entrar na comunidade que me acolheria, o Farol do Anjo, em Fátima, fui, com a minha família, à...

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Ir. Ângela de Fátima

Gratidão por 25 anos de história da fidelidade de Deus para comigo


16 de julho de 1995

Antes de entrar na comunidade que me acolheria, o Farol do Anjo, em Fátima, fui, com a minha família, à Capelinha das Aparições.

Envolvida como estava, num misto de sentimentos de angústia e alegria, de saudade e expectativa, não ouvi. Foi o meu irmão quem me indicou a escuta.

“Ouve!”, disse. Prestei atenção. Tocavam os sinos do Santuário. Era o meio-dia.

Vinte e cinco anos mais tarde recordo esse momento e vejo-o como uma metáfora do desejo mais profundo que o Espírito Santo semeou no meu coração: viver a minha vida ao ritmo do tempo de Fátima. Seguir Jesus acompanhada pelo Coração Imaculado de Maria, difundindo a mensagem que, de Fátima, irradia para o mundo. Um desejo totalmente modelado pelo carisma da minha família religiosa, a Aliança de Santa Maria.

Ao longo destes anos aprendi a conhecer o rosto de Deus ao ritmo das Ave-Marias do meu terço, aprendi a conhecer o Coração de Jesus através da Sua Palavra, “atando os cabos” da minha vida ao Verbo contemplado em cada dia. Aprendi a entregar-me às irmãs, alimentando-me da Eucaristia, celebrada e adorada em tantas horas de silêncio.

As missões que o Senhor me confiou, através das minhas superioras, foram uma fonte de alegria, ainda que repletas de desafios. Com que comoção recordo o privilégio de participar do crescimento humano e espiritual das noviças que me foram confiadas. Que júbilo e que dia luminoso o da canonização dos Santos Francisco e Jacinta. Que entusiasmo com a causa da Irmã Lúcia, que caminha no seu processo de canonização.

Conheci e senti as minhas fragilidades, mas experimentei, com toda a beleza, a fidelidade do Deus da Aliança, o Bom Pastor que nunca me largou a mão.


16 de julho de 2020

Quando começou este ano, decidi nada pedir ao Senhor. Pretendia apenas acolher tudo como um presente Seu, para o nosso jubileu de prata.

Concedeu-me um tempo especial de solidão e silêncio. Com a pandemia “conduziu-me ao deserto e falou-me ao coração” (cf. Os 2,16).

Confiou-me um tempo de profunda vivência do mistério pascal. Com a morte da nossa irmã Marta aprendi, de um jeito novo, a humilde lição da pobreza e do abandono nas mãos de Deus. E reaprendi a paz que nasce ao rezar, lentamente, “Deus providenciará” (Gn 22,8).

25 anos depois, ao ritmo do tempo de Fátima, só desejo dizer sim quero. O que Tu queres, Senhor, como Tu queres, quando Tu quiseres!

Fica a gratidão. Ao Senhor da minha Vida por me ter dado a Sua Mãe; à minha família, onde sou amada e com quem aprendi a amar; às mulheres que me fizeram apaixonar por Jesus e pela “Senhora mais brilhante do que o Sol”: a Áurea e a Clara; aos amigos que o são, em todas as horas; às minhas irmãs em Aliança, que são expressão do amor e do cuidado de Deus para comigo e me ajudam a crescer. Todos possibilitaram a beleza prateada deste jubileu.


Ângela de Fátima Coelho, julho de 2020.




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VINTE E CINCO ANOS DEPOIS!
Que tenho a dizer?

Rezar estes 25 anos de fidelidade, leva-me a olhar para trás com uma profunda gratidão pela fidelidade de Deus...

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Rezar estes 25 anos de fidelidade, leva-me a olhar para trás com uma profunda gratidão pela fidelidade de Deus, fazendo memória agradecida pela sua ação em mim.

Rezar o chamamento e o meu sim, é perceber que é o Senhor que tem sempre a iniciativa, que vem ao nosso encontro e nos desinstala.

Escutávamos esta passagem do livro de Isaías no Domingo do Batismo de Jesus no início do ano: «Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».

Lançar o olhar para trás neste ano jubilar, é fazer memória agradecida de tantas horas em que se torna tão claro este: “chamei-te, tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança.“

Chamei-te.

Sim, foi o Senhor que, há vinte e cinco anos, lançou sobre mim este olhar de ternura e me concedeu a graça de colocar de parte os meus projetos de vida, já idealizados, para entrar nesta aventura na fé, que é todo o caminho da Aliança.

Tomei-te pela mão.

Claramente, este “tomei-te pela mão”, tem um sentido muito profundo, que me faz recordar uma troca de alianças. Se na hora do chamamento, já havia um compromisso assumido e uma aliança no dedo, hoje, passados vinte e cinco anos, rezo esta outra aliança, que tenho no dedo, e que me faz estar vigilante sob as palavras ouvidas no dia dos votos: «Recebe esta aliança, tu que és esposa do Rei eterno; mantém íntegra a fidelidade ao teu Esposo, para que mereças ser admitida nas núpcias eternas.»

Formei-te.

Nas inúmeras horas em que os joelhos se dobram diante do meu Senhor no Sacrário, para que Ele instrua todo o meu ser. Porém, a sua presença e ação, se aviva na memória agradecida pela confiança com que as irmãs me olham, pelos gestos de amizade verdadeira, que educam e ajudam a crescer.

Fiz de ti a aliança.

A graça maior que o Senhor me concede é a de tomar consciência de ser parte deste corpo que é a Aliança de Santa Maria. Sim, é sentir que a vida se torna extraordinariamente bela e que se chega à dignidade real, não por mérito ou dom pessoal, mas, pelo esplendor com que Ele me adorna (cf. Ezequiel 16, 14).

Se tudo começou num 13 de maio, há 25 anos, sob o olhar da Senhora mais brilhante que o Sol, a 13 de maio de 2021, com que emoção acolhi as palavras de D. António Marto, no final da Eucaristia no Santuário: “vós sois a coroa mais bela e preciosa de Nossa Senhora e as joias dessa coroa são as vossas vidas e as vossas histórias de amor, de generosidade, de interajuda, de solidariedade, como também as vossas fragilidades, feridas, preocupações e sofrimentos”.

Agradeço Hoje as Maravilhas que o Senhor continua a fazer na minha história: pela minha família onde aprendi a crescer no amor a Jesus com as contas do rosário na mão; pelo olhar maternal e confiante de cada uma das minhas Irmãs da ASM e pelos amigos que me sustentam e me fazem perceber o rosto vivo de Jesus Ressuscitado presente em todas as horas e me ajudam a crescer no amor como “filha muito amada”.


Aliada Cidália Machado
30 de maio de 2021




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VINTE E CINCO ANOS DEPOIS!
Que tenho a dizer?

Rezar estes 25 anos de fidelidade, leva-me a olhar para trás com uma profunda gratidão pela fidelidade de Deus...

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Rezar estes 25 anos de fidelidade, leva-me a olhar para trás com uma profunda gratidão pela fidelidade de Deus, fazendo memória agradecida pela sua ação em mim.

Rezar o chamamento e o meu sim, é perceber que é o Senhor que tem sempre a iniciativa, que vem ao nosso encontro e nos desinstala.

Escutávamos esta passagem do livro de Isaías no Domingo do Batismo de Jesus no início do ano: «Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».

Lançar o olhar para trás neste ano jubilar, é fazer memória agradecida de tantas horas em que se torna tão claro este: “chamei-te, tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança.“

Chamei-te.

Sim, foi o Senhor que, há vinte e cinco anos, lançou sobre mim este olhar de ternura e me concedeu a graça de colocar de parte os meus projetos de vida, já idealizados, para entrar nesta aventura na fé, que é todo o caminho da Aliança.

Tomei-te pela mão.

Claramente, este “tomei-te pela mão”, tem um sentido muito profundo, que me faz recordar uma troca de alianças. Se na hora do chamamento, já havia um compromisso assumido e uma aliança no dedo, hoje, passados vinte e cinco anos, rezo esta outra aliança, que tenho no dedo, e que me faz estar vigilante sob as palavras ouvidas no dia dos votos: «Recebe esta aliança, tu que és esposa do Rei eterno; mantém íntegra a fidelidade ao teu Esposo, para que mereças ser admitida nas núpcias eternas.»

Formei-te.

Nas inúmeras horas em que os joelhos se dobram diante do meu Senhor no Sacrário, para que Ele instrua todo o meu ser. Porém, a sua presença e ação, se aviva na memória agradecida pela confiança com que as irmãs me olham, pelos gestos de amizade verdadeira, que educam e ajudam a crescer.

Fiz de ti a aliança.

A graça maior que o Senhor me concede é a de tomar consciência de ser parte deste corpo que é a Aliança de Santa Maria. Sim, é sentir que a vida se torna extraordinariamente bela e que se chega à dignidade real, não por mérito ou dom pessoal, mas, pelo esplendor com que Ele me adorna (cf. Ezequiel 16, 14).

Se tudo começou num 13 de maio, há 25 anos, sob o olhar da Senhora mais brilhante que o Sol, a 13 de maio de 2021, com que emoção acolhi as palavras de D. António Marto, no final da Eucaristia no Santuário: “vós sois a coroa mais bela e preciosa de Nossa Senhora e as joias dessa coroa são as vossas vidas e as vossas histórias de amor, de generosidade, de interajuda, de solidariedade, como também as vossas fragilidades, feridas, preocupações e sofrimentos”.

Agradeço Hoje as Maravilhas que o Senhor continua a fazer na minha história: pela minha família onde aprendi a crescer no amor a Jesus com as contas do rosário na mão; pelo olhar maternal e confiante de cada uma das minhas Irmãs da ASM e pelos amigos que me sustentam e me fazem perceber o rosto vivo de Jesus Ressuscitado presente em todas as horas e me ajudam a crescer no amor como “filha muito amada”.


Aliada Cidália Machado
30 de maio de 2021




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UMA HISTÓRIA A DUAS MÃOS
Há 10 anos começaram a escrever-se novas linhas de uma história que será até ao fim da minha vida...

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Há 10 anos começaram a escrever-se novas linhas de uma história que será até ao fim da minha vida. Esta história foi e continuará a ser escrita a duas mãos: a mão de Deus e neste caso a minha.

Tudo começou com um convite que viria a transformar a minha vida. Perguntaram-me se queria entrar para o grupo de jovens e tocar guitarra no coro da paróquia. Nesse tempo, as minhas prioridades não passavam por Deus, muito pelo contrário, fugiam d’Ele. Os amigos, a praia, o futsal e o carnaval preenchiam o meu, muito ocupado, tempo.

Na altura, caminhava à beira-mar com um Desconhecido. Era como se Ele viesse ao meu lado mas, eu afastava-me… tinha medo!


“Era como se Ele viesse ao meu lado
mas, eu afastava-me… tinha medo!"


Ir ao grupo de jovens era muito bom e, no entanto, interior e exteriormente era tudo igual, nada mudava em mim. Se tivesse de dizer a alguém quem eu era, não o saberia fazer. Agia de acordo com os vários ambientes que frequentava e adotava diferentes comportamentos, de tal forma, que me via a viver numa constante duplicidade, numa vida sem sentido e completamente vazia. Era precisamente nestes momentos de confusão interior, que o Desconhecido se aproximava de mim e tentava falar-me ou indicar-me um novo caminho à beira-mar. No entanto, era eu quem controlava a minha vida, e, ceder a algo que eu não conhecia, era impensável.

“… o Desconhecido se aproximava de mim e tentava falar-me"


O grupo de jovens e as noites de oração tornavam-se cada vez mais essenciais; o vazio que sentia quando saía à noite, o gosto pelas festas e a atração por aquilo que se diz “liberdade” levou-me quase ao abismo… mas em simultâneo e misteriosamente, começava a sentir-me preenchida e não sabia como nem porquê! Até que, finalmente descobri quem era o Desconhecido que me acompanhava à beira-mar: seu nome é Jesus! Todavia, pouco tinha mudado em mim. Quem comandava o caminho, ainda era eu.

“…finalmente descobri quem era o Desconhecido…"


Entretanto, chega a altura em que o grupo de jovens decide ir fazer um retiro ao Gerês. Num desses dias, alguém, achando-me bastante triste, pede a uma religiosa para vir falar comigo. Estávamos a falar sobre o meu desejo de ir para a marinha, quando me pergunta: “já alguma vez pensaste em ser freira?” Pergunta à qual tentei responder o mais educadamente possível, mas, para mim, ser freira estava completamente fora de questão. Nunca o estilo de vida delas me tinha atraído. “Eu, Irmã? Nem pense!” Mas aquela pergunta ficou encerrada a sete chaves na minha consciência durante três anos. Contudo, durante este período, o meu lema era não ter limites e aproveitar a vida ao máximo. Mesmo assim, continuava a ir ao grupo de jovens e à missa todos os domingos.

Ainda não se tinha quebrado o meu espelho diante de Deus, nem tinha feito a experiência da sua Misericórdia e do seu Amor naquilo que eu era.

O meu espelho partiu-se, depois de um convite feito pelo Padre Filipe Santos, para um campo vocacional.

A este convite, primeiramente, disse-lhe que não, pois a ideia que tinha era: “Oh não! Passar dias com freiras… não, por favor!” No entanto, acabei por aceitar. Lá fui, e a pergunta que há três anos se encontrava encerrada na minha consciência, voltou a surgir. Nesses dias, andava eu inquieta com aquela pergunta, e decidi ir falar com com uma Irmã que ao ouvir a minha história, percebemos que ela pertencia á mesma congregação da irmã que conheci no Gerês.

Com pequenos sinais vêm grandes certezas…

Com ajuda de uma Irmã, fui discernindo os sinais de Deus na minha vida e que caminho seguir. A pouco e pouco percebia que Deus, me pedia algo maior, que me chamava a segui-Lo e concretamente na Aliança de Santa Maria. Desde então, comecei a deixar que Jesus me dissesse qual o caminho que Ele queria que seguíssemos à beira-mar. No entanto, as dúvidas surgiam e as tentações também e, num momento em que tudo me fazia voltar para trás decidi perguntar a Deus o que Ele realmente queria de mim. Peguei, então na Bíblia e a primeira coisa que li foi:


“Deixaram tudo e seguiram Jesus”
Lc 5, 11


Deixando tudo, deixando que fosse Ele a conduzir a minha vida, desejei eu própria dizer-lhe “Sim”, numa entrega total e fiel ao Coração Imaculado de Maria, para toda a Humanidade. Depois de entrar para a Congregação, percebi que Jesus é o único que dá sentido pleno à minha vida.

Vale apena arriscar tudo por Aquele que preenche todas a exigências do nosso coração.


Publicado em “Religiosos e religiosas do Concelho de Torres Vedras” | 2015


Ao aproximar-se o dia dos votos perpétuos da Ir. Sophie, já no próximo domingo, fomos perguntar-lhe:
– Sophie, o que sentes ao aproximar-se o dia dos teus votos perpétuos?
– Se há 15 anos atrás te dissessem que hoje estarias a preparar-te para fazer votos perpétuos o que dirias?




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UMA HISTÓRIA A DUAS MÃOS
Há 10 anos começaram a escrever-se novas linhas de uma história que será até ao fim da minha vida...

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Há 10 anos começaram a escrever-se novas linhas de uma história que será até ao fim da minha vida. Esta história foi e continuará a ser escrita a duas mãos: a mão de Deus e neste caso a minha.

Tudo começou com um convite que viria a transformar a minha vida. Perguntaram-me se queria entrar para o grupo de jovens e tocar guitarra no coro da paróquia. Nesse tempo, as minhas prioridades não passavam por Deus, muito pelo contrário, fugiam d’Ele. Os amigos, a praia, o futsal e o carnaval preenchiam o meu, muito ocupado, tempo.

Na altura, caminhava à beira-mar com um Desconhecido. Era como se Ele viesse ao meu lado mas, eu afastava-me… tinha medo!


“Era como se Ele viesse ao meu lado
mas, eu afastava-me… tinha medo!"


Ir ao grupo de jovens era muito bom e, no entanto, interior e exteriormente era tudo igual, nada mudava em mim. Se tivesse de dizer a alguém quem eu era, não o saberia fazer. Agia de acordo com os vários ambientes que frequentava e adotava diferentes comportamentos, de tal forma, que me via a viver numa constante duplicidade, numa vida sem sentido e completamente vazia. Era precisamente nestes momentos de confusão interior, que o Desconhecido se aproximava de mim e tentava falar-me ou indicar-me um novo caminho à beira-mar. No entanto, era eu quem controlava a minha vida, e, ceder a algo que eu não conhecia, era impensável.

“… o Desconhecido se aproximava de mim e tentava falar-me"


O grupo de jovens e as noites de oração tornavam-se cada vez mais essenciais; o vazio que sentia quando saía à noite, o gosto pelas festas e a atração por aquilo que se diz “liberdade” levou-me quase ao abismo… mas em simultâneo e misteriosamente, começava a sentir-me preenchida e não sabia como nem porquê! Até que, finalmente descobri quem era o Desconhecido que me acompanhava à beira-mar: seu nome é Jesus! Todavia, pouco tinha mudado em mim. Quem comandava o caminho, ainda era eu.

“…finalmente descobri quem era o Desconhecido…"


Entretanto, chega a altura em que o grupo de jovens decide ir fazer um retiro ao Gerês. Num desses dias, alguém, achando-me bastante triste, pede a uma religiosa para vir falar comigo. Estávamos a falar sobre o meu desejo de ir para a marinha, quando me pergunta: “já alguma vez pensaste em ser freira?” Pergunta à qual tentei responder o mais educadamente possível, mas, para mim, ser freira estava completamente fora de questão. Nunca o estilo de vida delas me tinha atraído. “Eu, Irmã? Nem pense!” Mas aquela pergunta ficou encerrada a sete chaves na minha consciência durante três anos. Contudo, durante este período, o meu lema era não ter limites e aproveitar a vida ao máximo. Mesmo assim, continuava a ir ao grupo de jovens e à missa todos os domingos.

Ainda não se tinha quebrado o meu espelho diante de Deus, nem tinha feito a experiência da sua Misericórdia e do seu Amor naquilo que eu era.

O meu espelho partiu-se, depois de um convite feito pelo Padre Filipe Santos, para um campo vocacional.

A este convite, primeiramente, disse-lhe que não, pois a ideia que tinha era: “Oh não! Passar dias com freiras… não, por favor!” No entanto, acabei por aceitar. Lá fui, e a pergunta que há três anos se encontrava encerrada na minha consciência, voltou a surgir. Nesses dias, andava eu inquieta com aquela pergunta, e decidi ir falar com com uma Irmã que ao ouvir a minha história, percebemos que ela pertencia á mesma congregação da irmã que conheci no Gerês.

Com pequenos sinais vêm grandes certezas…

Com ajuda de uma Irmã, fui discernindo os sinais de Deus na minha vida e que caminho seguir. A pouco e pouco percebia que Deus, me pedia algo maior, que me chamava a segui-Lo e concretamente na Aliança de Santa Maria. Desde então, comecei a deixar que Jesus me dissesse qual o caminho que Ele queria que seguíssemos à beira-mar. No entanto, as dúvidas surgiam e as tentações também e, num momento em que tudo me fazia voltar para trás decidi perguntar a Deus o que Ele realmente queria de mim. Peguei, então na Bíblia e a primeira coisa que li foi:


“Deixaram tudo e seguiram Jesus”
Lc 5, 11


Deixando tudo, deixando que fosse Ele a conduzir a minha vida, desejei eu própria dizer-lhe “Sim”, numa entrega total e fiel ao Coração Imaculado de Maria, para toda a Humanidade. Depois de entrar para a Congregação, percebi que Jesus é o único que dá sentido pleno à minha vida.

Vale apena arriscar tudo por Aquele que preenche todas a exigências do nosso coração.


Publicado em “Religiosos e religiosas do Concelho de Torres Vedras” | 2015


Ao aproximar-se o dia dos votos perpétuos da Ir. Sophie, já no próximo domingo, fomos perguntar-lhe:
– Sophie, o que sentes ao aproximar-se o dia dos teus votos perpétuos?
– Se há 15 anos atrás te dissessem que hoje estarias a preparar-te para fazer votos perpétuos o que dirias?




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Confrontada Comigo Mesma
Nada há a temer quando o que nos espera é o próprio Deus!...

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Sou natural de Lisboa e aos 19 anos, decidi dizer “Sim” ao chamamento especial de Deus a segui-lo com radicalidade, em 2015 fiz os primeiros votos, assumindo publicamente o meu compromisso com o Senhor na Aliança de Santa Maria, passei pela comunidade de Guimarães, e atualmente preparo-me para professar perpetuamente.

Contrariamente ao que se possa pensar ser religiosa nunca esteve no meu horizonte como um ideal a seguir, a minha família pertencia à classe “do cristão não praticante”, contudo depois do Crisma atraída pela popularidade e o bem-estar de ter muitos amigos comecei a pertencer ao grupo de jovens e a procurar toda a espécie de encontros cristãos.

Timidamente ia crescendo em mim um desejo interior de crescer na fé. Mas simultaneamente, vivia na banalidade que a nossa cultura me oferecia: o gosto pelas festas, pela “aparente liberdade” que as saídas com amigos davam, a moda, a dança, a possibilidade de namorar, entre outras coisas. Andava à procura de algo que desse sentido à minha vida mas não encontrava, então enchia o meu tempo com encontros e saídas.

Depois uma forte experiência de Deus em Taizé, reacendeu em mim o desejo de ser uma autêntica cristã, sem duplicidade. Desde este momento, decidi preocupar-me em ser mais do que “ter coisas” ou “fazer coisas”.


“Andava à procura de algo
que desse sentido à minha vida…"


Foi num retiro organizado pelas irmãs que ouvi pela primeira vez a palavra vocação. Desde esse momento percebi que deveria perceber qual seria a minha vocação. Confrontada comigo mesma e com a incoerência que vivia, deparei-me com um enorme vazio e insatisfação provocado pela vida que levava. Senti que tudo começava a fugir das minhas mãos!

Para mim a resposta de Deus era clara. No entanto, mesmo vendo claro esse chamamento, para mim era algo impensável um estilo de vida tão radical. Sabia que só com Deus a minha vida ganharia sentido, mas ao mesmo tempo não queria deixar tudo o que até ali já tinha vivido, nem o enorme sonho de ser mãe.

Mas a alegria daquelas irmãs sobreponha-se aos meus muitos medos e devagar, deixei-me seduzir por Jesus. Pedi acompanhamento espiritual e comecei a rezar, abrindo-se um mundo até então desconhecido: um Rosto de Alguém que me conhecia e me amava como eu era, e de muito perto tocava a minha vida. Esse Rosto é o de Jesus, que preencheu todas as exigências do meu coração. E por isso, a certeza de que Deus me escolheu para o seguir de “coração indiviso” é a maior alegria que tenho e aquela que me leva a dizer SIM ao seu chamamento.

Nada há temer quando o que nos espera é o próprio Deus! Um Deus de misericórdia, um Deus que só sabe amar e deixar-se ser amado! É a este Deus que me entreguei e é deste Deus que tenho a alegria de falar e partilhar convosco.


“Sabia que só com Deus
a minha vida ganharia sentido…"


Ao aproximar-se o dia dos votos perpétuos da Ir. Andreia, já no próximo domingo, fomos perguntar-lhe:
– Andreia, o que sentes ao aproximar-se o dia dos votos perpétuos?
– Se tivesses de explicar a uma criança de 10 o que são os votos perpétuos, o que lhe dirias?




Irmã Andreia Ferreira




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Confrontada Comigo Mesma
Nada há a temer quando o que nos espera é o próprio Deus!...

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Sou natural de Lisboa e aos 19 anos, decidi dizer “Sim” ao chamamento especial de Deus a segui-lo com radicalidade, em 2015 fiz os primeiros votos, assumindo publicamente o meu compromisso com o Senhor na Aliança de Santa Maria, passei pela comunidade de Guimarães, e atualmente preparo-me para professar perpetuamente.

Contrariamente ao que se possa pensar ser religiosa nunca esteve no meu horizonte como um ideal a seguir, a minha família pertencia à classe “do cristão não praticante”, contudo depois do Crisma atraída pela popularidade e o bem-estar de ter muitos amigos comecei a pertencer ao grupo de jovens e a procurar toda a espécie de encontros cristãos.

Timidamente ia crescendo em mim um desejo interior de crescer na fé. Mas simultaneamente, vivia na banalidade que a nossa cultura me oferecia: o gosto pelas festas, pela “aparente liberdade” que as saídas com amigos davam, a moda, a dança, a possibilidade de namorar, entre outras coisas. Andava à procura de algo que desse sentido à minha vida mas não encontrava, então enchia o meu tempo com encontros e saídas.

Depois uma forte experiência de Deus em Taizé, reacendeu em mim o desejo de ser uma autêntica cristã, sem duplicidade. Desde este momento, decidi preocupar-me em ser mais do que “ter coisas” ou “fazer coisas”.


“Andava à procura de algo
que desse sentido à minha vida…"


Foi num retiro organizado pelas irmãs que ouvi pela primeira vez a palavra vocação. Desde esse momento percebi que deveria perceber qual seria a minha vocação. Confrontada comigo mesma e com a incoerência que vivia, deparei-me com um enorme vazio e insatisfação provocado pela vida que levava. Senti que tudo começava a fugir das minhas mãos!

Para mim a resposta de Deus era clara. No entanto, mesmo vendo claro esse chamamento, para mim era algo impensável um estilo de vida tão radical. Sabia que só com Deus a minha vida ganharia sentido, mas ao mesmo tempo não queria deixar tudo o que até ali já tinha vivido, nem o enorme sonho de ser mãe.

Mas a alegria daquelas irmãs sobreponha-se aos meus muitos medos e devagar, deixei-me seduzir por Jesus. Pedi acompanhamento espiritual e comecei a rezar, abrindo-se um mundo até então desconhecido: um Rosto de Alguém que me conhecia e me amava como eu era, e de muito perto tocava a minha vida. Esse Rosto é o de Jesus, que preencheu todas as exigências do meu coração. E por isso, a certeza de que Deus me escolheu para o seguir de “coração indiviso” é a maior alegria que tenho e aquela que me leva a dizer SIM ao seu chamamento.

Nada há temer quando o que nos espera é o próprio Deus! Um Deus de misericórdia, um Deus que só sabe amar e deixar-se ser amado! É a este Deus que me entreguei e é deste Deus que tenho a alegria de falar e partilhar convosco.


“Sabia que só com Deus
a minha vida ganharia sentido…"


Ao aproximar-se o dia dos votos perpétuos da Ir. Andreia, já no próximo domingo, fomos perguntar-lhe:
– Andreia, o que sentes ao aproximar-se o dia dos votos perpétuos?
– Se tivesses de explicar a uma criança de 10 o que são os votos perpétuos, o que lhe dirias?




Irmã Andreia Ferreira




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